Dia 27 e 28 de Agosto
Hoje levantamos cedinho pois queríamos aproveitar ao máximo o Kruger National Park. O dia estava bom com muito sol e calor. Tivemos que ver o máximo possível em apenas um dia. Entramos pela Malelane Gate onde fizemos o pagamento e registamos a entrada no parque. Fizemo-nos á estrada, onde os limites de velocidade são para respeitar e desfrutar. Em estradas de alcatrão o limite são 50 km’s/h, nas estradas de terra batida são de 40 km’s/h.
Nos primeiros km’s que fizemos, encontramos logo vários animais: elefantes, impalas, girafas, macacos, zebras … Os locais mais interessantes para visitar, são junto a pontos de água que estão assinalados na estrada. Aqui é onde normalmente se avistam mais animais.
Dentro do parque existem vários campos com infraestruturas de apoio, como alojamentos, restaurantes, visitas guiadas, entre outros. Visitamos três desses parques.
Paramos para almoçar num parque que tinha um espaço para fazer pic-nic onde estava uma variedade de pássaros impressionante. Comemos uma comida típica da África do Sul: Boerewors com papas de milho. Enquanto estávamos a almoçar, chegou um grupo de turistas, entre os quais vinham alguns portugueses.
Continuamos o passeio até ao campo de Skukusa , que é o maior campo do Kruger. Pelo caminho ainda vimos um grupo de elefantes junto a um ponto de água e uma leoa à sobra de uma árvore a apreciar um grupo de impalas que saciavam a sede num charco ali perto. Num dos miradouros de onde se pode sair do carro, desfrutamos de vistas fantásticas do Kruger National Park. Só se pode sair do carro dentro dos campos e em alguns poucos locais assinalados. De resto é sempre dentro do carro.
Em Skukusa passeamos pelo parque, pela loja e caminhamos junto ao lago onde estavam mais de 20 hipopótamos. O parque é uma pequena cidade dentro do Kruger com banco, correios e todas as comodidades para uma estadia confortável nesta pérola de África.
Saímos já ao por do sol, aproveitando para tirar algumas fotografias fantásticas. Saímos pela Paul Kruger Gate e ainda tivemos tempo para comprar umas peças de artesanato numas senhoras à beira da estrada que já estavam a arrumar a trouxa.
Fizemos a viagem de noite até Graskop, onde dormimos. Chegamos à guesthouse, descarregamos as malas e o senhor que nos recebeu disse-nos que àquela hora só havia um restaurante aberto na cidade. O canimambo é um restaurante de comida portuguesa e moçambicana! 🙂 Era mesmo isso que precisava-mos. Depois de em Moçambique termos comido comida Portuguesa, tínhamos de experimentar a comida verdadeiramente moçambicana. Os proprietários do restaurante são um casal, cuja senhora nasceu em Moçambique. A decoração é muito rústica com classe e um ambiente extraordinariamente agradável. No menu temos sardinhas, camarões, pregos, bitoques, espetadas, saladas, chacuti, entre muita coisa que nos é familiar. Eu comi um chacuti de galinha e a Marisa voltou a comer o frango à piripiri, mas desta vez na África do Sul. Passamos uns momentos fantásticos com uma boa refeição e música ao vivo, que a filha da proprietária nos presenteou à guitarra.
Na manhã do dia seguinte o senhor da guesthouse mostrou-nos no Google earth o percurso turístico pelo Blyde River Canyon. Antes de sairmos da cidade, ainda tivemos tempo para visitar algumas galerias de arte e comprar umas peças de artesanato.
A primeira paragem foi no Pinnacle rock, um monte de pedra que se ergue do solo na forma de um pináculo. Depois fomos à famosa God’s Window, onde temos uma vista fantástica para o desfiladeiro. Aqui ainda caminhamos pela montanha, entrando na floresta tropical. A seguir fomos visitar os também famosos Bourke’s Luck Potholes, onde andamos por cima do desfiladeiro numas pontes construídas para o efeito. É impressionante como a água ao longo dos anos foi fazendo estes buracos tão perfeitos. Fomos em seguida para as Three Rondawels umas montanhas que têm o topo no formato de umas cabanas típicas africanas. Aqui tivemos a melhor vista da viagem sobre o desfiladeiro. Na volta ainda passamos pelas Lisbon falls, cuja água provêm do rio Lisbon! São três quedas de água muito simpáticas que são as maiores da zona.
Fomos depois a Pilgrim’s rest uma aldeia mineira tradicional, que foi mantida ao longo dos anos como foi fundada pelos seus primeiros habitantes. Todas as casas foram preservadas exatamente como eram antigamente. Muito turística, como seria de esperar e com muito comércio. Passeamos pelas várias lojas e depois fomos lanchar umas panquecas deliciosas no Pilgrims Pantry, que é comum por estas bandas. O café estava quase a fechar mas a senhora foi muito simpática e ainda nos serviu as panquecas. No final da refeição ainda tivemos à conversa com a senhora. Depois do passeio e com o estômago mais aconchegado, começamos a viagem de cerca de 300 km’s até Joanesburgo, onde já viemos dormir nessa noite.