29/07/2013, segunda-feira
Zagreb
De volta ao ponto de partida.
Regressamos a Zagreb pela manhã, seguindo pela autoestrada desde Opatija e passando por Rijeka uma cidade industrial que pouco tem de interesse turístico. Á chegada à capital, fomos diretos ao apartamento que tínhamos alugado em “Horvaćanska cesta” para deixarmos as coisas e as nossas senhoras. Dai, eu e o Pablo seguimos para o aeroporto onde tínhamos de entregar o carro ao final da manhã. Carro entregue, no aeroporto apanhamos o shuttle Bus para o centro de Zagreb Durante a viagem de 25 minutos encontramos umas jovens que tinham regressado do encontro mundial da juventude no Rio de Janeiro, onde tinham estado com o Papa Francisco. Numa breve conversa que travamos contaram-nos quão entusiasmadas estavam com a experiência e de como tinham gostado do Brasil. Tinham estado no Rio e em São Paulo, mas gostaram mais da capital Paulista. No Rio dizem que havia muita confusão de gente devido à presença do papa e chegaram a estar 2 horas à espera para poderem visitar Copacabana. Só uma delas entendia algumas palavras de Português, ao que nos despedimos com um “Adeus e até logo”!
Chegados ao centro de Zagreb descemos na estação de autocarros e fomos logo tratar de saber os horários para partirmos no dia seguinte para Novi Sad, Sérvia. Algumas pessoas conhecidas informaram-nos de que o autocarro é o melhor meio de transporte para a Sérvia, visto demorar menos tempo e ser mais pontual. Mas tarde iriamos também passar pela estação dos comboios para saber os horários, pelo menos para ficarmos com uma ideia.
O dia hoje é para conhecer Zagreb pois embora não seja o último dia na cidade, as próximas vezes que aqui viermos serão apenas de passagem. Saímos da “Autobusni Kolodvor” e apanhamos o tram para “Trg bana Josipa Jelačića”, a praça central de Zagreb onde nos encontramos com a Marisa e a Rita que vieram ao nosso encontro diretamente do apartamento.
Começamos o passeio pela “Upper Town” (o centro de Zagreb está dividido em duas partes: Upper e Lower town) onde visitamos a catedral da assunção, a famosa rua de restaurantes Tkalciceva, a zona cultural de Zagreb, onde se situam grande parte dos museus e galerias da cidade, que pelo facto de ser segunda-feira, estavam todos fechados. Exceção feita ao premiado “Museum of Broken Relationships”. Passamos pela igreja de SãoMarcos, com o seu telhado de azulejos. É provavelmente a igreja mais bonita de Zagreb. Passamos também por vários edifícios governamentais e visitamos ainda o funicular e o jardim adjacente, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade. Descemos novamente para a praça central, passando pela “Stone Gate”, a única porta da cidade que resiste desde a época medieval. Ali encontra-se uma pintura da virgem Maria, a padroeira de Zagreb que tornou o local num centro de peregrinação da cidade. Debaixo da porta existem bancos como se de uma pequena capela se tratasse.
Chegamos novamente à praça central quando fomos inesperadamente atingidos por um fenómeno atmosférico curioso. Fortes rajadas de vento surgiram do nada, de forma repentina, arrancando ramos de árvores, partindo algumas montras e virando as esplanadas do avesso. O fenómeno lançou algum receio nas ruas por breves instantes. As pessoas tomadas de surpresa assustaram-se e corriam para as arcadas dos prédios e para o interior das lojas. O susto foi passageiro mas os ventos continuaram pelo resto da tarde, não o suficiente para impedir o resto do nosso passeio. De facto, o vento até veio amenizar a temperatura e no final do dia ainda tivemos direito a alguns aguaceiros.
Terminado o percurso pela “Upper Town” faltava-nos visitar a “Lowertown” Esta parte da cidade é constituída maioritariamente por um conjunto de parques verdes, vulgarmente referidos como a “ferradura de cavalo” pela forma de U em que foram construídos. É nesta disposição arquitectónica que se encontram, por exemplo, o parque Josipa Jurja Strossmayera, o parque kraljaTomislava, o jardim botânico e algumas academias e museus de Zagreb com os seus edifícios imponentes.
Para apimentar este percurso e uma vez que os edifícios se encontravam quase todos fechados (segunda-feira) decidimos lançar-nos na caça ao tesouro, procurando algumas geocaches. Existem muitas geocaches no centro de Zagreb mas nós só tivemos disponibilidade para fazer quatro e todas daquelas que são fáceis de encontrar. Antes de darmos o dia como terminado, passamos na “Glavni kolodvor”, estação central de comboios para sabermos os horários do dia seguinte com destino a Novi Sad. A nossa expedição estava prestes a atravessar a fronteira da Croácia para a Sérvia.