Indonesia, Bali – Dia 1

Chegamos a Bali e apesar de os operadores de viagens dizerem que aterramos em Denpasar, o nome correto do aeroporto é Ngurah Rai e fica distante da cidade capital da ilha de Bali. Situa-se mais propriamente junto à famosa praia de Kuta. A pista estende-se de uma ponta à outra da ilha ocupando toda o braço de terra que separa a grande maça de terra de Bali do pequeno apêndice do sul de Kuta. A pista começa (ou acaba) em cima do mar e quando aterramos quase que sentimos os salpicos do oceano Indico como que a darem-nos as boas vindas.

Bali é a ilha mais turística da Indonésia e um dos destinos mais populares do mundo. De facto a ilha é um imenso aglomerado de casas que se espalham por todo o território quando visto do ar. Ainda não vimos nada assim na Indonésia. Não região de Denpasar não há espaço para grandes zonas verdes tal é a dimensão do urbanismo! De facto o turismo é e a principal indústria e fonte de receitas de toda a ilha e isso percebe-se logo à chegada. O aeroporto é pequeno mas bastante moderno.

Como vamos passar alguns dias em Bali, decidimos alugar um carro. Os transportes públicos não são maus mas para termos mais flexibilidade e perdermos menos tempo o carro é a melhor opção. Sabemos no entanto de ante mão que o trânsito é caótico na ilha, mas para quem vem de Phnom Penh não deve ser assim tão impressionante. Levantamos o carro no aeroporto. Fizemos a reserva com uma empresa local e um rapaz vem ter connosco às chegadas para nos levar até ao parque onde nos entrega o Suzuki Estilo que será o nosso companheiro durante os próximos cinco dias. Depois de tratada a papelada e feito o pagamento ligamos o GPS e seguimos para o hotel em Seminyak.

Seminyak fica a norte de Kuta e é uma zona mais tranquila com grande oferta de alojamento e restauração de nível superior, especialmente se optarmos por ficar junto à praia. O nosso hotel fica para lá da avenida Sunset Road por isso mais afastado da zona mais turística. A primeira dificuldade que tivemos quando preparamos a viagem para Bali foi precisamente sobre onde ficar. As possibilidades são imensas, para todos os gostos e preços e depende muito daquilo que se ser fazer na ilha. Optamos por ficar em Seminyak  pois a partir daqui temos fácil acesso ao norte e à parte mais cultural de Bali como ao Sul e as praias. Por outro lado não quisemos ficar em Kuta que é a zona mais turística mas também a de mais confusão e não muito asseada.

Bali ao contrário da maior parte da Indonésia é maioritariamente Hindu com uma vincada cultura balinesa que poucas semelhanças tem com as restantes culturas locais. Na Indonésia a religião predominante é o Islão e em Bali estamos como que numa bolha religiosa entre a Indonésia muçulmana no ocidente e a Indonésia Cristã a leste.

Depois de nos instalarmos no hotel saímos à descoberta de Seminyak. Dirigimos até à praia e depois seguimos a pé à beira mar. A areia é castanha escura e a água está morna. Não há muito lixo na praia ao contrário de Kuta que segundo dizem é bastante suja. Os bares e resorts estendem-se para ambos os lados ao longo da praia. Caminhamos à beira mar por algum tempo até voltarmos a entrar nas ruas de Seminyak de outro lado. Esta zona junto à praia é constituída maioritariamente por hotéis, resorts e restaurantes. Seguimos até ao shopping Seminyak Square e dai subimos pela Jalan Kayu Aya, a rua mais movimentada de Seminyak apinhada de restaurantes e lojas de ambos os lados. 

As surfshopssão muito comuns em Bali e nesta rua surgem umas atrás das outras. Uma das principais atrações de Bali são as suas ondas perfeitas e por isso atraírem tantos surfistas à ilha. É o sitio perfeito para surfar uma vez que tem vários tipos de ondas nas várias praias espalhadas pela ilha e que podem ser acedidas facilmente. Por toda a ilha veem-se motorizadas com pranchas de surf penduradas em suportes laterais adaptados para o efeito. O surf e a cultura do surf respira-se por toda a ilha de Bali principalmente nas zonas costeiras. Outra das razões para o elevado número de surfshops é que muito deste material é fabricado na Indonésia, mais precisamente aqui em Bali. O surf é uma das maiores indústrias da ilha.


Antes de voltarmos à praia passamos pelo templo hindu Pura Petitenget, um templo em terracota junto à extremidade norte da praia de Seminyak. Conseguimos entrar em alguns dos pátios mas como não estávamos vestidos apropriadamente (estávamos de calções e t-shirt) não podemos visitar o interior. Tivemos de ver à distância. Depois do templo seguimos pela praia. Á entrada da praia compramos umas maçarocas assadas para o caminho. Voltamos pela praia até ao local onde tínhamos estacionado o carro.


O sol já se pôs e decidimos agora ir pela Jalan Legian, a famosa estrada que liga Seminyak, a norte, a Kuta no sul. Vamos conhecer a tão famosa zona de Kuta e Kuta beach que dizem ser onde Bali começou a despontar para o turismo. Segundo reza a lenda, foi aqui que tudo começou! A estrada é muito movimentada e à medida que nos vamos aproximando de Kuta o transito fica caótico a condizer com a paisagem urbana. São bares, restaurantes e hotéis por todo o lado. Musica com fartura e gente muita gente por tudo quanto é lado. Metemos por uma rua perpendicular no sentido da praia e o cenário é o mesmo. Esta é realmente a zona mais movimentada de Bali. Quem vier para a festa, não precisa de ir mais longe. Junto à praia estão as grandes instituições ocidentais como o Hard Rock Café, a Pizza Hut ou o McDonald’s. Como já é de noite nem chegamos a ver a praia, mas também não deve ter grande interesse. Acabamos por fazer uma visita só de passagem e assim que nos livramos do trânsito voltamos ao hotel. Kuta parece não ter nada a ver com Bali, pelo menos para nós. Mas para muita gente Bali deve ser mesmo isto.

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