Indonesia, Bali – Dia 2

Ubud

No dia seguinte partimos pela manhã para Ubud, a capital cultural de Bali a 30 km de Seminyak. A viagem leva mais do que uma hora! O trânsito é terrível em Bali e para se chegar a qualquer lado leva-se uma eternidade. Para além disso é bastante desgastante até nos habituarmos. As estradas são muito estreitas, sem passeios e com as casas em cima da estrada. É preciso estar sempre muito atento porque volta e meia temos carros estacionados na estrada ou alguém a vender alguma coisa ou simplesmente alguém a passar. As motas passam constantemente por entre o trânsito ou então vão a molengar na estrada, por isso é preciso muito cuidado para não levar nenhuma à frente e os carros são muitos. Penso que Bali está sobrelotado de carros. Conduzir em Bali é uma grande aventura que requere muita paciência. Mas apesar de tudo o que descrevi, o trânsito é ordeiro, isto é, não se vê ninguém a conduzir fora de mão e os semáforos e a sinalização são respeitados em geral, ao contrário da “selva” a que estamos habituados no Camboja.

Ubud é uma pequena vila tipicamente balinesa nas terras altas de Bali com um ambiente totalmente diferente do que se vive nas zonas mais a sul. É conhecida como um centro de artesanato e danças tradicionais rodeada de campos de arroz e floresta tropical. 
Á chegada fomos visitar a floresta dos macacos, o Sacred Monkey Forest Sanctuary, um espaço de harmonia entre a floresta, os macacos e o homem. Para além dos macacos, podemos visitar alguns templos e caminhar pela floresta protegida que tem 115 espécies de árvores identificadas. É um local bastante agradável ideal para relaxar depois do stress do trânsito para chegar até Ubud. Como não podia deixar de ser há muita macacada por todo o lado e é preciso ter cuidado com os pertences não vão eles roubar alguma coisa. Pelo parque estão espalhadas várias espécies de jaulas cheias de batata-doce onde um guarda de serviço vai dando de comer aos macacos precisamente para evitar que eles roubem coisas aos visitantes. Mas ainda assim, nunca fiando. Na zona central do parque umas senhoras vendem bananas para os visitantes darem aos macacos e tirarem fotografias. Eles (os visitantes) deliram com as fotos. Enfim … não são só os macacos que fazem macacadas.

Despois da floresta fomos para os terraços dos arrozais mas antes paramos numa explanada na Jalan Wenara Wana para tomar um refresco. Os terraços ficam na vila de Tegallalang a norte de Ubud. Mais uma vez temos de nos fazer à estrada. Os terraços são mesmo em cima da estrada e não há parques de estacionamento, por isso os carros são estacionados na faixa de rodagem o mais á esquerda possível de um dos lados da estrada. Quando chegamos já a fila é extensa mas lá conseguimos encontrar um buraco para o pequeno Suzuki. 

Como seria de esperar a vila está cheia de lojas e restaurantes com vistas fabulosas para os terraços. Mas o mais interessante é mesmo visitar as plantações e andar pelos socalcos dos arrozais. Descemos por um trilho mal-amanhado e passamos uma ponte de bambu que dá acesso aos arrozais. Se do topo nos terraços a vista parece um quadro, cá em baixo nos socalcos sentimo-nos como parte desse quadro. O rio, as pontes de bambu e os diferentes socalcos fazem as delícias dos visitantes. Enquanto passeamos por ali alguns locais continuam na sua lide como se nada fosse. Afinal esta atração não deixa de ser o meio de sustento de muita gente por aqui. Não deixa de ser curioso como é que um espaço agrícola se transforma numa atração tão apreciada pelos visitantes, mas de facto é muito bonito.

Voltamos a Ubud para visitarmos agora a vila. Começamos pelo palácio real. O palácio é pequeno mas agradável de visitar. Tem alguns templos no interior, muitas plantas e várias estátuas. Depois do palácio passamos pelo mercado local, sempre um importante ponto de visita, cheio de vida e aromas locais. Fizemos algumas compras como não poderia deixar de ser e compramos umas espetadas para petiscar enquanto passeamos pela cidade. 


A vila é um ponto de visita obrigatório para os turistas que optam por um ambiente mais tranquilo e relaxado que o sul de Bali e por isso tem restaurantes para todos os apetites em todas as ruas. O artesanato local é outra das principais atividades da vila com muitas lojas e galerias onde é impossível não encontrar algo que se goste. No final do dia sentamo-nos num restaurante e degustamos um Nasi campur, uma refeição tipicamente balinesa. Regressamos já noite dentro, mas nem por isso a estrada está menos movimentada.


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