Tanah Lot
Em Bali existem diversos templos hindus espalhados por toda a ilha. Podemos passar vários dias só a visitar templos ou então fazer uma seleção dos que pretendemos visitar. O nosso amigo Hugo Pacheco com quem estivemos em Kuala Lumpur ajudou-nos a fazer a seleção, não só dos templos mas de vários locais que não devemos perder. Ele costuma vir a Bali de vez em quando passar uns dias. Afinal para ele Bali é já ali…
O Tanah Lot é um dos mais conhecidos não pelo templo em si mas pela localização. O templo fica numa pequena ilha junto à consta acessível a pé quando a maré está baixa. Mas para além do templo em particular a zona envolvente é constituída por vários espaços verdes nas falésias rochosas da costa com vários miradouros sobre o oceano. Claro que também temos muito comércio e restauração por tudo quanto é lado, mas junto ao mar acabamos por nos esquecer dessa parte. Quando chegamos está a decorrer um ritual hindu num recinto voltado para a ilha. A maré está cheia e por isso não conseguimos aceder à ilha. Vamos passear junto à costa pelos outros templos “menores” que compõem o complexo e aproveitamos para tirar umas fotografias. Há muito que fotografar e só é pena que o interior dos templos está fechado, por isso só podemos ver de fora. O interior dos templos está reservado para quem quer prestar culto religioso, o que acaba por fazer algum sentido, dada a quantidade imensa de visitantes que a ilha recebe.
Passado algum tempo voltamos ao Tanah Lot e algumas pessoas já começam a atravessar para a ilha ainda que a maré não esteja totalmente vazia. Nós aproveitamos e atravessamos também. Do outro lado bebe-se água doce de uma nascente natural e os monges locais aplicam uma bênção na testa dos visitantes que a desejam receber. Mas mais uma vez o templo que fica no topo da ilha está fechado. A melhor vista que se tem do templo é do lado da costa.
Padang Padang
Saimos de Tanah Lot agora em direção a sul. Vamos para lá do aeroporto para a praia de Padang Padang. Como rapidamente se percebe quando chegamos a Bali, este não é um destino para quem venha à procura de praias paradisíacas de águas cristalinas e areia fina. Como já referi as praias são mais apreciadas por causa das ondas e geralmente não são muito limpas. Padang Padang é uma pequena e simpática praia no sul de Kut. O acesso à praia é feito por uma escadaria por entre rochas onde só passa uma pessoa de cada vez. Sorte que não chegamos na hora de ponta! O areal é pequeno mas a praia vale mais é pelas rochas e recantos e claro pela água que aqui é clara e sempre a uma temperatura morna. Na praia alugam-se pranchas para todos os gostos, sejam eles surf, long board, body board, paddle … As ondas essas estão a dar mas afastadas da praia. É preciso trabalhar um pouco para lá chegar, mas o mar está calmo. Tomamos uns belos banhos como já não tomávamos há algum tempo! Ao fim da tarde partimos para assistir ao por do sol num sítio especial.
Pura Luhur Uluwatu
Deixamos a praia em direção a templo Uluwatu com o tempo praticamente contado para chegarmos antes do por do sol. De outra forma o templo tem pouco interesse. A distância são só 4 Km e mesmo em Bali é coisa para se fazer em pouco tempo. Fazemo-nos à estrada mas a meio do caminho a estrada está cortada devido a umas derrocadas. Com a ajuda do GPS achamos uma rota alternativa que nos leva por caminhos de cabras onde mal cabe o carro. Sorte que alugamos um carro pequeno. Depois dos atalhos lá conseguimos chegar a Uluwatu ainda com alguns minutos de luz. O templo fica no topo de uma falésia na extremidade oriental da península. Podemos apreciar várias vistas do templo graças ao caminho preparado que serpenteia a falésia. O movimento de gente é grande pois muitos visitantes procuram vir precisamente ao por do sol.
O que nos trouxe a Uluwatu foi não só o templo em si mas também uma dança tradicional que fazem todos os dias depois do por do sol. A dança chama-se Kekac e tem lugar num anfiteatro ao ar livre junto ao templo com vista para o mar. Trata-se de uma dança tradicional balinesa e drama musical onde se conta uma história tradicional hindu sobre uma princesa e um macaco. Originalmente consistia num ritual de transe acompanhado por um coro de vozes masculinas até que no séc. XX foi adaptado para exibição onde inclui fogo. (ver: https://en.wikipedia.org/wiki/Kecak)
Enquanto esperamos que a dança comesse assistimos ao por do sol já no anfiteatro que está à pinha de gente.
Na compra do bilhete para o espetáculo dão-nos um papel com a história para percebermos o desenrolar da peça. Á hora marcada, já pela noite dentro, o espetáculo começa. Um grupo de homens cobertos com um sarong entram na arena entoando de forma repetitiva “cak” ,“cak”, “cak”, …
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