No reino do Camboja – Kratie

Dia 1

São 7:30 am e o autocarro da Sorya arranca pontualmente da estação junto ao central market. É de notar a pontualidade desta gente, para um país dito do terceiro mundo. Este é o único local em toda a cidade de Phnom Penh a que se pode chamar “estação de autocarros”. A viagem até Kratie demora cerca de seis horas. Parte do caminho já conhecemos pois a primeira viagem que fizemos no Cambodia foi para Kampung Cham. Na altura levamos mais de quatro horas numa mini van. Hoje porém estou admiradíssimo com a estrada que na altura era um estradão de terra batida em obras. Em menos de um ano transformou-se numa autoestrada (sim, o termo é mesmo este) com separador central relvado e tudo. Fiquei de boca aberta! Chegamos a Kampung Cham em menos de nada, isto é, em 2 horas. A partir daqui acabou-se a autoestrada mas é sempre alcatrão até Kratie.
Perto de Kratie começamos a apanhar chuva e quando chegamos e coisa ainda piora. O autocarro parou numa das ruas junto ao rio Mekong e à nossa espera temos um Tuk Tuk cortesia do hotel. Como está a chover fortemente o condutor fecha a capota completamente para nos proteger da chuva e foi a nossa sorte porque assim que arrancamos ainda começou a chover mais e não fora a capota tínhamos ficado todos ensopados. Fizemos o check-in no hotel e ligamos para uns amigos missionários que vivem aqui perto de Kratie. Eles vieram buscar-nos de carro ao hotel e levaram-nos a conhecer a cidade.

Kratie é uma pequena cidade nas margens do rio Mekong que fica a caminho do sul do Laos. Muitos viajantes fazem aqui uma última paragem no Camboja antes de passarem para o Laos. Outra das razões para vir a Kratie são os golfinhos. Sim, em Kratie existe uma espécie ameaçada de golfinhos de água doce, são os Irrawaddy. Estas são praticamente as únicas razões para se vir a Kratie, mas são tão válidas como qualquer outra e a pequena cidade também tem o seu encanto. Os nossos amigos levam-nos a conhecer a cidade de carro enquanto a chuva continua. Passamos pela marginal à beira rio, depois seguimos por uma estrada interior que passa pelo mercado, damos a volta por outra estrada e já está. O centro de Kratie não tem muito mais. A maior parte das atrações encontram-se na província. No final do dia vamos todos jantar ao Yong Heng, um restaurante/guest house famoso entre backpakers e que tem um menu variado de comida tanto ocidental como asiática. Convivemos com a criançada (dois meninos e duas meninas) durante a refeição pois já não os víamos à algum tempo desde a sua última ida a Phnom Penh. Depois de jantar eles levam-nos de volta ao hotel. Continua a chover. Despedimo-nos e vamos descansar para acordar cedo na manhã  seguinte.

Dia 2

Ás 6:30 am estamos a sair do hotel. Alugamos uma mota para o dia e arrancamos antes que chova. O tempo não promete. O céu está nublado mais para chover do que para outra coisa. Saímos com destino a Sambor, uma pequena cidade a norte de Kratie, a cerca de 35 km. Pelo caminho apanhamos alguns chuviscos, nada de especial. 

Em Sambor visitamos a Wat de 100 colunas. O templo original e a cidade datam dos tempos pre-Angkor mas hoje não resta uma pedra de então. A Wat está em restauração no exterior para pintar as suas 108 colunas. Não me dei ao trabalho de contar mas confio nos registos locais. 

No recinto da Wat existe também um centro de conservação de tartarugas, de uma espécie em particular, as tartarugasgigantes de concha mole. É uma espécie endémica do Sudeste Asiático e outrora comum nas margens do Mekong. O centro dedica-se a encontrar os ninhos de tartaruga na areia junto ao rio e depois traz para o centro para aí nascerem em cativeiro para que a espécie possa resistir a predadores e outros perigos. Quando já em idade adulta as tartarugas são novamente devolvidas ao habitat já livres de perigo. É um esforço conjunto de várias entidades, incluindo a comunidade da Wat, que durante os últimos anos já devolveu milhares de tartarugas à natureza. Quem tenha interesse pode inclusivamente participar num dos eventos de retorno ao Mekong mediante o pagamento de uma quantia. Durante a visita conhecemos duas raparigas da Dinamarca que acabaram de chegar ao Camboja à poucos dias. Depois de Pnhom Penh, a província de Kratie foi o seu próximo destino.
Saímos de Sambor em direção a sul com destino a Kampi. Pelo caminho paramos em Sandan, uma pequena cidade nas margens do Mekong. Fomos visitar o mercado local mas já não havia muito para ver. Deixamos a mota perto de uma loja à beira da estrada. Quando voltamos uma pequena Khmer (não teria mais de 6 anos) mete conversa connosco em Inglês. Começa com um típico “Hello!” e depois passa para um “What’s your name?” para nossa surpresa. Normalmente as crianças ficam-se pelo primeiro. Respondo-lhe e pergunto-lhe de volta como se chama. Responde-me toda contente para gozo da mãe que estava mesmo ao lado. Ficamos ali uns instantes pois estão muito curiosas para saber de onde viemos e o que andamos por ali a fazer. A simpatia Khmer ao mais alto nível. Seguimos viagem para Kampi.
Kampi é um vilarejo famoso por causa dos golfinhos Irrawaddy que habitam esta zona de ilhas no meio do rio Mekong. Esta é a principal atração turística de toda a província. Pagamos o bilhete de embarcamos no nº 17. A viagem de barco é muito curta até à zona onde estão os golfinhos. Quando chegamos próximo desliga-se o motor e o capitão recorre a um remo comprido com o qual vai passar os próximos 90 minutos. Ali no meio do rio reina o silêncio apenas interrompido pelo respirar dos golfinhos quando vêm à superfície. Temos de estar muito atentos porque eles podem aparecer de vários lados e como a água é castanha, barrenta, não temos maneira de prever onde é que eles vão aparecer. Tiramos a objetiva e sentamo-nos no barco com o olhar atento. Vemos um grupo aqui, outro grupo ali, um sozinho mais além, … É um regalo! 
Passamos ali uma hora e meia a ver os golfinhos. O capitão vai tentando com mestria levar a embarcação para os melhores spots e vai-nos indicando onde eles estão a aparecer sempre que estamos distraídos. Só é pena eles não serem mais afoitos para saírem da água. Imagine-se como terá sido em outros tempos quando a população era bem maior. Hoje restam cerca de 75, de acordo com os dados do site sospecies.org. Na altura dos Khmers vermelhos foram quase levados à extinção. Assim como algumas pessoas conseguiram escapar ao genocídio de Poul Pot, também alguns dos golfinhos se conseguiram safar. No entanto continuam a ser uma espécie ameaçada.
Depois dos golfinhos continuamos para sul. A cerca de 5 km a sul de Kampi fica o monte Sambok. No cimo do monte existem vários templos e o lugar é um local de culto muito importante na região. Para chegarmos ao topo temos de subir uma enorme escadaria até um primeiro patamar com vários edifícios, entre eles, uma biblioteca em restauração. A partir daqui temos mais um lance de escadas até um segundo patamar onde somos recebidos por uma estátua com um Buda muito alto. Neste patamar estão uns templos, umas stupas e outros edifícios. Daqui ainda temos mais um lance de escadas (127, segundo a inscrição no chão) até ao topo da montanha. No último patamar temos um templo guardados por duas torres com nagas na base. No interior do templo temos pinturas da história de Buda como é habitual e incenso a queimar com oferendas. Numa das janelas está uma grade com garrafas de água para os visitantes que chegam aqui desidratados. É o nosso caso. Do topo tem-se as melhores vistas do Mekong. Convém referir que a província de Kratie é toda plana, por isso está montanha é dos poucos locais, se não o único, de onde se pode ter uma perspectiva geral do trajeto do Mekong. Voltamos à planície e para baixo todos os “santos ajudam”. Os “santos” aqui talvez sejam outros mas estes também são prestáveis.
Em seguida dirigimo-nos de volta a Kratie mas à saída do monte começa a chover de tal maneira que temos de parar para vestirmos os casacos da chuva e proteger os pertences. Continuamos viagem debaixo de chuva torrencial que dura pouco tempo, o suficiente para nós encharcar. Pelo caminho paramos junto à estrada para comprar maçarocas cozidas numa senhora que a coze num grande panelão. Pagamos 0.25$ por duas maçarocas. A terceira foi oferta! De volta à estrada voltamos a apanhar mais chuva. Chegados a Kratie vamos imediatamente para o hotel. Chegamos que nem uns pintos em dia de trovoada. Tomamos um banho rápido e pusemos a roupa a secar. Deve secar uma grande coisa com esta humidade…

Assim que apanhamos uma aberta saímos do hotel para o o centro da cidade. Vamos ao mercado. São cerca de 02:00 pm. Estacionamos a mota à porta. Entramos. Lá dentro está tudo ás escuras. A falhas de energia em Kratie são muito frequentes mas a vida continua. Algumas lojas têm lanternas mas a maior parte do mercado está escuro. Conseguimos circular graças a uns raios de luz que ainda vão entrando do exterior apesar de o dia continuar nublado. Passado algum tempo lá vem a luz e o pessoal faz uma festa. Com luz ou sem luz não vimos nada de interessante no mercado. É mais um mercado típico de cidade. Ainda estamos nós no mercado e desaba a chover novamente. Só saímos quando apanhamos mais uma aberta. Vamos até à beira rio comer qualquer coisa no Red Sun Falling, em tempos um dos melhores restaurantes para ver o pôr do sol no Mekong. Foi aliás daí que herdou o nome. Digo em tempos porque agora construíram outro restaurante mais moderno exatamente no lado oposto em cima do rio. Lá se foi o sol vermelho. De qualquer forma hoje também não está dia para pores do sois. É só chuva com fartura.
Depois de comermos o tempo abriu um pouco. Vamos até à pagoda central de Kratie, logo ali ao lado. O interior é uma cópia de tantas outras que já visitamos antes mas o exterior é único, tendo em conta as que já visitamos. As paredes são todas cobertas com uns relevos em tom de pêssego. Depois da pagoda voltamos na direção do hotel desta vez em vez de virarmos para o hotel, continuamos em frente na estrada à descoberta. Um pouco mais à frente viramos para dentro de uma outra pagoda à direita. O templo ao centro estava fechado mas numa pequena estrutura em madeira estava um grupo de pequenos monges, não mais do que 14 anos, com as suas vestes laranjas. Viram-nos ao longe e meteram conversa com o tradicional “Hello!”. Fomos ter com eles e retribui a conversa. Ficaram todos contentes e começaram a tentar falar mais inglês connosco mas para além do “Yes” e do “No” pouco mais sabiam. Lanço umas palavras em Khmer e eles ficam todos entusiasmados. Perguntam-me se falo Khmer e eu respondo que muito pouco, talvez tanto como o inglês deles.

Saímos da pagoda de volta à estrada principal. Voltamos para traz na direção do hotel, mas para tornar a coisa mais interessante metemos por uma estrada de terra batida toda enlameada. A dada altura quase que atascámos a mota mas com muito jeitinho lá nós conseguimos safar. Ultrapassada a zona do atascanso encontramos mais um grupo de miúdos desta vez a tomarem banho num pequeno canal de irrigação. Assim que paramos fomos brindados com “Hello’s!” e mais “Hello’s!“. A água estava castanha e a partir de um pau que atravessava o canal davam mergulhos. Ficamos sentados na mota e faço um pequeno filme enquanto eles demonstram as suas habilidades. Enquanto os habilidosos mergulham os que estão a assistir começam a rodear a mota para verem o que estava a ser filmado. Quando termino de filmar chamo os mergulhadores  e o grupo juntam-se todo numa grande cavaqueira a ver o filme. A alegria deles é contagiante e se mais não tivéssemos feito hoje, já tínhamos ganho o dia. Voltamos ao hotel e assim que chegamos desaba a chover novamente. À noite jantamos no restaurante do hotel, um dos melhores da cidade de acordo com o Tripadvisor. A refeição é acompanhada por música ao vivo tradicional.

Dia 3

Acordamos cedo, cerca das 7:00, arrumamos as malas e tomamos o pequeno almoço no hotel. Comemos umas panquecas um pouco diferentes do que estamos habituados. Eu pedi uma com maçã e canela, a Marisa com nutela. Trouxeram-nos as panquecas sem nada do que tínhamos pedido, pelo menos à primeira vista. Mas a massa é feita logo com o recheio que pedimos e forma uma panqueca com cerca de 0,5 cm de espessura. Depois é acompanhada com mel e manteiga.

Depois do agradável pequeno almoço fizemos check-out e fomos de Tuk Tuk para o centro. Ficamos no escritório da Sorya, junto ao rio. Deixamos as malas aí e fomos para Kho Trong, a pequena ilha no Meio do Mekong mesmo em frente a Kratie. Embarcamos no pequeno e triclitante barco de madeira com um “super” motor a diesel que fumega em todas as direções enquanto nos afastamos da margem. Somos os únicos estrangeiros a bordo. À chegada à ilha pagamos o bilhete, 1000 ríel cada um (cerca de 0.25$). Desembarcamos na terra castanha ainda fresca e escorregadias das chuvas recentes. Subimos até uma passadeira de cimento com cerca de 1,5 m de largura que é a principal via de circulação da ilha. Ê por ali que circulam motas, bicicletas, as pessoas e até alguns animais. A passadeira só existe do lado oriental da ilha. Do lado oposto e todos os restantes acessos são caminhos de terra que se transformam em lama.

A melhor maneira de passear pela ilha e de bicicleta. Alugamos uma por 1$. A Marisa vai sentada da parte de traz com as pernas para o mesmo lado ao estilo local, para encanto dos habitantes da ilha que nos saúdam sempre a sorrir quando passamos. Vamos até à extremidade sul da ilha onde tem uma pequena pagoda com uma estátua de uma senhora que mais parece uma representação da virgem Maria. Não está ninguém. Deambulamos por ali a nosso belo prazer apenas com as vacas por perto. Há muitas vacas nesta ilha, por sinal. Perto da pagoda, no lado ocidental da ilha fica uma vila flutuante de vietnamitas, os chamados “boat people“. O acesso aos barcos/casas é feito por carreiros carregados de lama sem um caminho muito bem definido. Cá de cima temos uma perspetiva geral da vida desta gente. As casas são barracas autênticas em cima de plataformas de madeira contenhamos cobertos com chapas de zinco ou qualquer outro material que se encontre por aí. Cá fora a roupa estendida e as panelas são sinais da vida doméstica. Algumas barracas tem antenas parabólicas, talvez para poderem assistir à televisão do país vizinho, sua terra natal. Não há electricidade na ilha por isso têm de ter geradores. Enquanto apreciamos a vista, uma senhora passa de uma casa para outra com um bebê ao colo por uma tábua tão estreita que tem de caminhar pé ante pé. Enquanto ela passa a tábua vai vergando com o peso. Parece um número de circo mas o melhor ainda está para vir. Depois dela um cão segue as mesmas pisadas com uma habilidade incrível! É assim a vida no rio.

Continuamos pela ilha agora por caminho de terra com lama à mistura. Vamos apreciando a paisagem de arrozais palmeiras e casas de madeira, parando aqui e ali para tirar mais uma fotografia. A bicicleta que alugamos tem um quadro de senhora com um cesto na frente e tudo, o que nos dá bastante jeito para colocarmos as nossas coisas. Deve ter já algumas décadas e está num estado que em muitos países ocidentais a habilitava a ser deixada junto a qualquer caixote de lixo. As mudanças estão avariadas e logo por azar ficou engrenada no carrete mais pesado, o me obriga a um exercício de pernas valente. O pneu de traz está com falta de ar e o peso de dois passageiros não ajuda. Seguimos com cuidado pelas zonas enlameadas com o velocípede a escorregar por todos os lados. Numa zona com mais lama não consegui controlar a bicicleta é achamos mesmo por ir ao chão. Nada de grave pois vamos com pouca velocidade e a lama acaba por amortecer a queda. O pior vem depois… As nossas roupas ficam num estado lastimável. Alguém que passa faz-nos sinal para irmos até à casa mesmo ali ao lado para nos limparmos. Não está ninguém por casa mas por baixo da casa, nas estacas que a erguem, todas as casas tem uns enormes jarros onde guardam as águas da chuva. É com esta água que fazem tudo em casa. Tiramos água com um pequeno alguidar próprio e começamos por lavar as mãos enlameadas. Colocamos as nossas coisas na mesa de bambu que têm ali ao lado. A vizinha da casa do lado veio ter conosco e trouxe-nos uma toranja é uma faca. Deu-me um alguidar de metal detergente em pó, uma tábua e uma escova para eu lavar os calções. Ainda me deu instruções claras de como devia lavar a roupa. Uma simpatia! Depois mostrou-nos uma ferida que tinha na perna e explicou-nos que também tinha caído à pouco tempo no caminho para casa. Enquanto a roupa seca comemos a toranja na mesa de bambu. Ficamos ali algum tempo a apreciar a vida local. A senhora continua na sua lide e de vez em quando vem ter conosco para se certificar que está tudo bem. Partimos com a roupa ainda molhada. Despedimo-nos da senhora e agradecemos a amabilidade. As pessoas por aqui são mesmo asim, naturalmente afáveis.

Seguimos agora até à extremidade norte da ilha onde a terra e a vegetação dá lugar a um imenso areal. Um casal corta bambus enormes enquanto as vacas vão pastandontudo o que apanham. Encontramos uma árvore que deve ver a maior da ilha com umaenvergadura de tronco tal que são precisas várias pessoas de mãos dadas para a circularem. Atravessamos depois novamente para a margem oriental, passando por uma pagoda maior que a anterior. Nesta zona da ilha existem alguns resorts onde os turistas podem desfrutar de um descanso imerso na vida local. Voltamos à passadeira de cimento e fomos entregar a bicicleta. Não estava ninguém para receber. Ninguém quer saber, pois sabem que ninguém leva estes chaços daqui para fora. Apanhamos o barco de volta para Kratie.

Ainda faltam umas horas para o autocarro. Vamos almoçar num restaurante junto ao mercado é de Kratie está praticamente tudo visto. O autocarro que vem do Laos atrasa-se uma hora. Chega às 04:00 pm mas é um VIP e vem quase vazio. Alguns passageiros saim em Kratie. Seguimos viagem e como o dia está de sol hoje podemos apreciar a paisagem da província pelo caminho. Os arrozais com as vacas a pastarem e as casas de madeira sobre estacas são a nossa vista nasroximas horas. Por volta das 09:00 Pm chegamos a Phonm Penh, mais cedo do que o esperado. Apanhamos um Tuk Tuk para casa e termina assim a viagem a Kratie.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *