As peças mais impressionantes encontram-se no interior do museu onde estão patentes várias exposições fotográficas que cobrem vários temas relacionados com a guerra, entre os quais, a resistência popular aos ataques dos EUA, a condenação por parte de nações estrangeiras à guerra do Vietname, exposição de fotografias artísticas em memória dos fotógrafos mortos durante a guerra, cartazes de propaganda política e aquela que é a parte mais difícil de digerir do museu que mostra os efeitos nefastos do Agent Orange, Napalm e outros químicos durante e no pôs guerra. Aqui vemos fotos chocantes de pessoas que nasceram com deficiências provocadas por estes elementos, algumas das quais bem recentes. Numa das salas do museu dedicada exclusivamente ao famoso “Agente” estão em exibição fetos danificados durante a fase de gestação! Uma das peças mais famosas do museu é o original de Nick Ut, uma foto de Kim Phuc a fugir de um ataque de napalm, galardoada com o World Press Photo of the Year de 1973. Os efeitos desta calamidade ainda são hoje bem presentes por todo o país. Apesar de interessante e elucidativo de alguns aspetos menos mediatizados da guerra, o museu acaba por ser um grande centro de propaganda política mostrando apenas uma face da guerra. Para complementar a história e a bem da verdade, falta o testemunho do outro lado da barricada.
A catedral já estava fechada por isso seguimos para a estação onde visitamos umas pequenas lojas no interior. Dali partimos o museu da revolução onde um grupo ensaia um espetáculo de dança e música.
A seguir paramos num tasco onde aproveitamos para descansar e comer qualquer coisa. Comemos um petisco de tofu com noodles e uma espécie de couve frita em ovo. Saboroso! Depois do petisco arrancamos para o mercado noturno. Aqui o regateio é bastante agressivo ao contrário do Camboja e outros países da região. Os comerciantes chegam a ficar fulos se não compramos nada!
Terminamos o dia bem junto ao hotel, na rua Bui View, uma rua bastante movimentada com restaurantes e bares e muitas lojas onde fizemos algumas compras pelo caminho. Tomamos umas bebidas numa minúscula esplanada e voltamos ao hotel para descansar.
Depois do pequeno almoço no hotel fomos num tour para os túneis de Cù Chi, uma zona controlada pelos vietcongues durante a guerra do Vietnam. Pelo caminho visitamos uma organização de produção de artesanato que emprega pessoas deficientes devido aos efeitos do “Agent Orange”. Fazem peças em madeira lacere com acabamentos em madre pérola, casca de ovo ou pintura. As peças extraordinárias mas caras.
De seguida fazemos uma visita guiada aos túneis. O guia foi explicando os vários pormenores sobre a vida nos túneis: vários tipos de armadilhas para aterrorizar psicologicamente o inimigo, respirações e chaminés afastados dos túneis para não chamar a atenção para os acessos reais, técnicas para despistar os cães usados pelo exército americano para tentarem encontrar vietcongues, uniformes usados pelos soldados vietcongues, entre outros.
Uma das atrações do local é o campo de tiro onde os visitantes podem comprar munições para disparar armas reais, entre as quais Ak47, diversos modelos de espingardas, metralhadoras entre outras. As armas são a valer e o barulho ensurdecedor faz-nos pensar como seria num cenário de guerra real!
Fomos agora visitar o mercado Ben Thanh durante o dia. Na noite anterior andamos só por fora no mercado noturno. Seguimos pela avenida Le Loi até ao Ho Chi Minh City Hall em frente ao qual está uma estátua de Ho Chi Minh o herói da nação. Passamos pelo emblemático hotel continental, junto à casa da ópera numa das zonas mais chiques da cidade. Subimos ao 23 andar no hotel Sheraton no “sky view bar” para apreciar a vista da cidade. Descemos até à margem do rio Saigão onde ficam outros hotéis luxuosos da cidade.
Começa a chover e abrigamo-nos na Bitexco Financial Tower, o edifício mais alto e vistoso da cidade e o terceiro mais alto do país, com uma plataforma no andar 52 que serve de heliporto. Na base da torre temos um shopping de quatro andares. Sentamo-nos na zona de comidas e esperamos que pare de chover. Quando a chuva abranda seguimos para o hotel. Passamos numa rua estreita onde encontramos um restaurante simpático. A cozinha e as mesas ficam em lados opostos de uma rua que não tem mais de 4m de largura. Enquanto esperamos pela refeição, a comida vai atravessando a rua. Comemos Pho, a tradicional sopa vietnamita e a panqueca típica Bánh xèo. No final do jantar voltamos ao hotel para apanhar as malas e seguir de táxi para o aeroporto.