Dia 3

No hotel dão-nos um pequeno mapa com as principais atrações da cidade. Antes de sairmos, na seção de viagens do hotel mostram-nos os programas para visitarmos Ha Long Bay, o nosso próximo destino. Tomamos nota para termos uma referencia. Seguimos pelas ruas que só por si são uma atração, especialmente se tivermos o cérebro programado para fazer compras. Para além das lojas, restaurantes e hotéis, um dos principais negócios da cidade são as agências de viagens. Á porta publicitam os seus pacotes que acabam por ser todos iguais. Os preços esses variam e em pouco tempo percebemos que os hotéis não têm as melhores ofertas. Entramos numa agência de viagens que tinha umas grandes promoções à porta e a diferença de preço para o que nos tinham apresentado no hotel é de 30$. Um dos toursmais baratos no hotel custa 70$, aqui são 40$ por 2dias/1 noite por pessoa num cruzeiro de duas estrelas pela baia. Damos mais uma volta por outras agências para ver quais as opções mas não encontramos mais barato. Também não queremos perder muito tempo e queremos fazer a logo a reserva para ficarmos descansados. Voltamos à primeira agência e reservamos o tour. Pagamos um pouco mais e vamos num cruzeiro de 3 estrelas por 3 dias/2 noites.

Após a igreja fomos visitar o Hanói Hilton. Ao contrário da cidade de Ho Chi Minh, desta vez não se trata de uma famosa rede hoteleira, mas sim de uma prisão. Os Norte Americanos atribuíram-lhe este simpático nome durante o conflito com o Vietnam, mas a verdade é que a prisão já cá estava muito antes. Foi construída pelos Franceses no final do séc. XIX e serviu para “educar” aqueles que se opunham ao regime imperial. Mais tarde foi usada para manter os pilotos americanos apanhados durante os seus raids aéreos a Hanói. Quando as coisas corriam mal, e os vietcongues deitavam abaixo uns aviões americanos, se os pilotos sobrevivessem, era para aqui que vinham de férias.
Chegamos à “Maison Central” (o nome oficial no pórtico da porta principal) são já 4:45 pm. A prisão fecha as 5:00 pm mas ainda nos vendem os bilhetes. Entramos à pressa e à medida que vamos passando pelos vários corredores, um guarda atrás de nós vai apagando as luzes. Faz-nos sinal para nos despacharmos. A dada altura mostra-me o telemóvel e diz-me que faltam 5 minutos quando são 4:53 pm! Continua atrás de nós a apressar-nos. Acho que é melhor despacharmo-nos se não ainda nos habilitamos a ficar aqui fechados… e ninguém quer passar uma noite no Hilton!
Continuamos pelo coração do Old Quarter seguindo o mapa que nos deram no hotel. Vamos parando em algumas lojas pelo caminho. Deambulamos pelas ruas até chegarmos ao mercado DongXuan que já está fechado. Conseguimos visitar apenas o exterior do edifício. Á volta do mercado já estão a preparar as barracas para o mercado noturno, uma tradição aqui pelo Sudeste Asiático, que se prolonga por uma das ruas centrais do Old Quarter.
Á hora do jantar decidimos ir experimentar comida da rua, isto é, escolhemos a tasca mais tasca que encontramos. Uma aventura gastronômica! A tasca a que me refiro aqui é um estabelecimento improvisado junto a umas chapas de zinco de uma qualquer construção da cidade, composta por umas mesas e bancos rente ao chão. A senhora que nos recebe tem várias iguarias em cima da mesa as quais são vendidas à peça e fritos ali na hora. Comemos uns rolos de queijo, umas bolas de vegetais e uns crepes de legumes. Somos os primeiros clientes da noite. Um casal de estrangeiros depois de nos ver sentados junta-se a nós. A senhora fica contente pois o estabelecimento começa agora a render. Depois de jantar demos uma volta pelo mercado noturno e fomos descansar. O jantar caiu-nos bem no fim de contas.