Tailândia, Phuket – dia 3

No dia seguinte ao banho à chuva, levantamos cedo para irmos até à Igreja Adventista de Phuket que fica muito perto do centro. Do hotel até lá levamos quase uma hora, pois há muito trânsito mesmo a um sábado de manhã. Na igreja foi curioso que o sermão foi falado em língua Inglesa por uma pessoa asiática e traduzido para Tailandês por um ocidental. No final fomos convidados para almoçar com os irmãos. A igreja fica no mesmo complexo que a escola. Almoçamos no refeitório da escola, um espaço enorme coberto por um telheiro mas sem paredes. Durante ao almoço ficamos à conversa com o tal rapaz ocidental que fez a tradução do sermão para Tailandês. Explica-nos que os pais são missionários e que ele nasceu e sempre viveu em Phuket, por isso é Tailandês nativo. Conta-nos um pouco da vida na ilha, da economia principalmente assente no turismo e da grande comunidade russa que aqui vive, daí vermos por toda a ilha placas informativas escritas em russo. Para além da grande comunidade de expatriados russos, chegam durante todo o ano magotes de turistas provenientes da Rússia.

O jovem Tailandês dá-nos algumas dicas de locais para visitarmos durante o dia. Antes de iniciáramos o tour que ele nos sugeriu, passamos pelo Mission Hospital, uma instituição também adventista com mais de 70 anos e que serve toda a comunidade da ilha. Isto de viajar com profissionais de saúde tem destas coisas!

Segue-se uma praia na extremidade ocidental de Phuket, a Naihan Beach que é considerada pelo nosso amigo a mais bela praia de toda a ilha. Acabamos por visitar também uma outra praia logo ao lado, a Ao Sane Beach. Mad foi em Naihan Beach que fomos ao mar. A praia está cheia de gente apesar de estar imenso vento e o céu nublado. Temos mesmo alguma dificuldade em conseguir arranjar um espaço para pousar as toalhas no areal grosso e castanho escuro. Parece algumas praias do Algarve à hora de ponta! Mandamos uns mergulhos mas não se pode estar fora de água porque o vento está terrível.

Deixamos a praia e seguimos para o cabo Phromthep um local com uma vista fantástica sobre o Índico. Pelo caminho paramos no Windmill Viewpoint uma paragem menos turística, um segredo bem guardado pelos locais. Vistas fabulosas de cortar a respiração e uma parelha de rapazes a fazerem poses “à la Titanic” completam o cenário. O cabo Phromthep, pelo contrário, é uma paragem obrigatória de autocarros de turistas e um dos locais mais fotografados da ilha. A sorte é que a área é muito grande e ninguém tira a vista a ninguém. 

É o monte mais elevado na região sul de Phuket onde para além da vista, vários monumentos despertam a curiosidade dos visitantes. Um deles é um farol museu onde estão em exibição alguns instrumentos de navegação. Também é possível subir ao farol para ver a vista do topo. No lado oposto um conjunto de elefantes coloridos em forma de círculo chamam à atenção, enquanto uns noivos tiram fotografias nas encostas com vista para o mar.

Descemos o monte desde o cabo até Rawai Beach, uma pequena vila de pescadores, famosa pelos seus restaurantes de peixe e marisco. Entramos por uma estrada de terra junto ao mar onde os restaurantes se seguem uns atrás dos outros. Com tanto movimento de gente e a estrada estreita, o trânsito é apertado. Seguimos até ao mercado do peixe onde a confusão aumenta um pouco. É um local autêntico, longe do ambiente de resort, onde se pode experimentar a vida real da ilha. Chegamos ao fim da estrada de terra. Resta-nos invertermos a marcha e regressarmos ao alcatrão.

A próxima paragem no nosso tour é Chalong Bay um pouco a norte. Aqui não há praia mas o mar está mesmo ali ao lado da estrada em tons de verde esmeralda. É uma pequena cidade costeira, porte de abrigo para muitas embarcações, com vários cais de acesso. É um dos portos de onde se pode apanhar o barco para as ilhas Phi Phi, entre outras. Terminamos por aqui o tour no sul de Phuket e voltamos para cima, para a zona do hotel de onde saímos de manhã. 



Acima de Kata Beach fica uma das maiores extensões de areia de Phuket, que é Karon Beach. Aqui estão também localizados alguns dos maiores e mais prestigiados resorts da ilha: Hilton, The Meridien, The Old Phuket, entre outros. Apesar da oferta hoteleira, a praia continua cheia de lixo. Já chegamos ao final da tarde e mais uma vez a chuva volta a aparecer. Nesta altura já perdemos a esperança de “fazer praia”, mas pelo menos, já que aqui estamos pelo menos fazemos uma visita às praias. Damos uma volta e seguimos para outra praia.

Chegamos a Kata Noi Beach, uma pequena praia logo abaixo de Kata Beach. A única estrada que leva até à praia não tem saída. É um pequeno aglomerado de hotéis e restaurantes. A praia essa, também está repleta de lixo. É impressionante como é que se pode deixar as praias chegarem a este estado, mesmo debaixo das barbas de tão selectos resorts e hotéis!



Para terminar a noite vamos até Patong Beach, a praia mais turística de Phuket. O movimento é tremendo como ainda não se tinha visto em toda a ilha. Temos alguma dificuldade em estacionar o carro mas lá arranjamos um espaço afastado da confusão. Seguimos a pé pelas ruas de Patong. Pelo que li, só vem para Patong quem procura valente farra e para já está a corresponder às expectativas. Passamos numa rua com bares ao ar livre onde se faz a dança do varão à vista de quem quer que por ali passe. Os empregados dos vários bares tentam chamar-nos com ofertas de descontos em bebidas e sabe-se lá mais o quê. As ruas estão repletas de pessoas, entre elas, muitos russos e agora tudo começa a fazer sentido. Isto é tudo menos paradisíaco. Para além dos bares, ele é restaurantes e lojas por todo o lado. Nada de muito interessante, diga-se de passagem. É também em Patong que fica o Hard Rock Café de Phuket, o que espelha o ambiente cosmopolita que aqui se vive. Passeamos pelas ruas durante algum tempo até nos fartarmos e voltarmos ao hotel. 

Para mim, chega de Phuket.

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