A viagem até Krabi demora praticamente o mesmo tempo de Phuket às Phi Phi, duas horas. O cais Klong Jirad fica à entrada de um dos braços de mar que entra terra a dentro formando como se fossem os ramos de uma árvore. A água do mar vai ficando mais escura à medida que se vai encontrando com os maguezais da costa.
Desembarcamos no cais onde somos aliciados por vários taxistas que nos querem levar ao nosso destino. O hotel que reservamos tem serviço de pick-up do cais mas não está ninguém à nossa espera. Ligo para o hotel e a rececionista pede-me que fale com um taxista para nos levar que eles assumem a despesa. Passo o telefone a um dos taxistas que persistiu à nossa demora e o hotel lá combina os detalhes com o senhor. Seguimos para o hotel que fica no centro de Krabi, a sensivelmente 10 minutos do cais. Combinamos logo com o taxista para nos vir buscar no outro dia de manhã para o aeroporto. A paciência valeu-lhe dois serviços.
Não temos muito tempo para conhecer Krabi. Estamos apenas de passagem, por isso não temos tempo de visitar as praias e outras atracões da região. Depois de fazermos o check-in no hotel, pegamos num mapa, pedimos algumas informações na receção e seguimos para o centro da cidade. O hotel está bem localizado perto do mercado e do centro. Passamos por um mercado e na zona de fast food compramos umas panquecas de amendoim e ananás para petiscar enquanto passeamos. Há muita coisa com bom aspeto e muitos dos locais estão a comer todo o tipo de petisto. O centro de Krabi não é propriamente um local turístico. A maior parte dos turistas vão para as praias nos arredores, como por exemplo Ao Nang. Por isso o que vemos aqui é “the real thing”, genuínos petiscos locais e não para turista ver. Pena não estarmos com mais fome.
Continuamos até à beira rio Pak Nam mas já é de noite e no escuro não há muito para ver. Tornamos a vir mais para o centro e fomos dar com uma praça com um palco e muitas mesas e cadeiras. Á volta da praça muitas barraquinhas de artesanato, roupas e outros tipo de produtos de feira. Parece que é dia de festa por aqui. Mas o melhor da festa é uma rua cheia de bancas a vender comida. Muita comida e diversificada. Agora mesmo que não tivéssemos com apetite, a tentação é mais forte. Mas por acaso já estamos com “um ratito” no estômago e antes que este se transforme num roedor desmedido é melhor comermos qualquer coisa. O difícil é escolher.
Acabamos por fazer como fazemos no shopping. Cada um vai buscar comida ao seu local preferido e depois juntamo-nos todos numa mesa algures na esplanada. E assim foi. Eu comi uma sopa de caril numa banca que faz lembrar a “casa das sopas”. A senhora deu-nos a provar das várias sopas disponíveis antes de escolhermos. A Marisa inventou uma sopa qualquer sem caril, só com massa e umas ervas aromáticas. A senhora ficou espantada por ela não querer o caril mas lá lhe serviu uma tigela. A Davina foi a outro lado da rua comprar sushi e umas espetadas de tofu, mas acabou por também levar uma sopa à moda da Marisa. Depois sentamos numa das mesas da praça a jantar enquanto no palco vários artistas cantavam em Karaoke, o género musical mais apreciado aqui na região. O que nos valeu foi que a comida estava tão deliciosa que nos absorveu todos os sentidos. Esta é sem dúvida a comida mais atractiva e saborosa que comemos na Tailândia e uma das melhores do Sudeste Asiático.
Voltamos ao hotel para um descaso merecido. No dia seguinte levantamos às 06:00 am para tomarmos o pequeno almoço e seguirmos rapidamente para o aeroporto. O nosso amigo taxista lá está à nossa espera à hora marcada. O trajeto de 20 minutos até ao aeroporto é feito debaixo de uma chuva torrencial. E é desta forma que deixamos Krabi para trás. Segue-se uma curta escala em Banguecoque e o regresso ao Camboja, agora para Siem Riap.