Saímos do hotel de manhã cedo em direção ao aeroporto. Pelo caminho ainda subimos a uma montanha. Trata-se do monte Nakkered que fica muito próximo de Kata. No topo do monte está o grande Buddha de Phuket, um dos marcos mais importantes e reverenciados da ilha. Com uma altura de 45 m é facilmente avistado à distância. Já o tínhamos visto várias vezes nas várias incursões pela ilha, mas hoje decidimos vir ver de perto. Pela estrada até ao topo vamos passando por algumas estações turísticas onde vemos elefantes a serem preparados para o dia. Depois do banho são escovados e ficam prontos para mais um dia de trabalho. Sorte a deles que estamos em época baixa, por isso a afluência de turistas não deve ser muita. Pobres bichos!
Quando chegamos ao topo ainda é cedo, pouco passam das 8:00 am. A zona está toda em obras e não se vê mais visitantes para além de nós os três. . O grande Buddha, esse já lá está. Ao que parece costuma ser pontual! Estacionamos o carro e damos a volta à grande estátua de pedra que se ergue num grande pedestal num pequeno monte, no topo da montanha. Para subir temos de passar por um grande páteo onde alguns monges já praticam os seus rituais. É aqui que vendem o incenso e outros materiais que os fiéis podem comprar para levar para cima para as suas celebrações. Não sei se é da hora ou se simplesmente não é um dia festivo, mas vê-se muito pouca gente por aqui, mesmo locais. Alguns cães também vagueiam por ali mas esses não vêm para prestar culto, andam só na vadiagem, tal como nós, portanto.
Subimos a escadaria que leva à base do Buddha, um acesso mal amanhado protegido com umas serapilheiras verdes das obras. Lá em cima também encontramos algum descuido, com pilares partidos, ferros ferrugentos à mostra, …, enfim, parece que todo o complexo está degradado e a precisar mesmo de obras. O Buddha no entanto lá está, focado numa vista extraordinária, como que a zelar por toda a ilha. É mesmo esse o sentimento que temos quando conseguimos observar as várias praias do sul de Phuket, desde a baia de Chalong até Karong, passando por Kata. Tentamos abstrair-nos da imensidão do cimento e apreciamos a vista que se estende da montanha.
Voltamos à estrada, agora com destino ao aeroporto. Paramos numa bomba de combustível para atestar a viatura a qual entregamos à porta do único terminal do aeroporto. Depois temos de esperar pelo autocarro para nos levar de volta ao centro de Phuket. A outra hipótese é apanhar um táxi, mas isso fica significativamente mais caro. Preferimos esperar e apanhar transporte oficial do aeroporto. A viagem dura cerca de uma hora numa mini-van. Vamos largando passageiros pelo caminho. Perguntam-nos qual o nosso destino e nós acabamos por ser os últimos a sair. O motorista deixa-nos mesmo no Rasada pier, um dos cais de embarque para as ilhas Phi Phi. A viagem excedeu as nossas expectativas na medida em que pensávamos que o percurso terminava numa qualquer estação em Phuket Old Town e daí tínhamos de ir de táxi. Mas não! Fomos diretos para o barco.
Á chegada ao cais, aparecem logo vários vendedores a quererem impingir-nos bilhetes, mas o ambiente é tranquilo. Existem algumas bancas de vendas mas todas com preços consertados. Aqui não há escolha. Eles sabem que o pessoal que chega aqui vem mesmo para embarcar, por isso não há alternativa. As únicas opções é no tipo de bilhetes que podemos comprar: ida e volta, só de ida ou multi-destinos, i. é., Phuket-PhiPhi-Krabi. Acabamos por comprar a última tipologia, uma vez que o nosso destino final é Krabi. Compramos o bilhete aberto o que nos permite viajar quando quisermos para Krabi.
Á hora marcada começamos a embarcar num processo algo demorado, pois o barco tem lotação para 300-400 pessoas e vai praticamente cheio. A maior parte dos passageiros viaja de mochila às costas e para não encher o interior do barco, as mochilas são empilhada no exterior do convés e tapadas com uma lona. A viagem leva cerca de duas horas. O tempo está bom e o mar esta calmo. Aproveitamos para dormir um pouco. Para além de descansarmos evita o enjoo.