Paris, Dia 4 – Versalhes, Villa Savoye

Nota: viagem realizada em agosto de 2014

Dia 4 – Versalhes, Villa Savoye

Hoje vamos sair do centro de Paris e apanhamos vários comboios para chegarmos até ao palácio de Versalhes, a cerca de 20 km do centro da capital francesa. A estação de comboios de Versalhes está repleta de turistas. Saímos rapidamente para a entrada do palácio para comprar os bilhetes. Mais uma fila… depois de algum tempo lá entrarmos no palácio. As pessoas amontoam-se à medida que vamos passando de sala em sala. Para além dos muitos visitantes autônomos, como nós, também há imensos grupos com guias turísticos. É uma confusão de gente abismal. Muito barulho e os salões sempre sobrelotados. Tentamos desfrutar da visita da melhor forma que conseguimos mas não é fácil. Estamos constantemente a parar, a ouvir chineses aos berros, a tropeçar em alguém ou alguém em nós. Quem parece estar a gostar é a Nikky que se vai metendo com as pessoas. Volta e meia lá sai um puxão de cabelos a um transeunte! As pessoas acham piada porque ela é pequenina e nós lá vamos avançando com um sorriso nos lábios.

O palácio é enorme e tem muita coisa para se ver, mas com tempo e sem esta confusão de gente. Há muitos salões cada um com as suas peculiaridades e obras de arte majestosas. Mas para ser sincero, não vejo a hora de chegar ao fim, ou então que me deixem passar uns momentos nuns quaisquer aposentos reais, longe desta maralha toda. Afinal têm para aqui tantos salões e quartos que com certeza deve haver um só para mim. Mas não! Tenho mesmo de levar com esta gente toda até ao fim. De uma coisa sei. Os franceses encontraram aqui uma boa máquina de fazer dinheiro. Aqui não importa o bem estar dos visitantes. Só os euros contam.


Depois do palácio, passamos para os jardins. Aqui a coisa já muda de figura. Os jardins são enormes e por muita gente que cá esteja, não há necessidade de andarmos uns em cima dos outros. O passeio pelo jardim é uma autêntica lufada de ar fresco, apesar do dia não estar muito quente. Aqui podemos perder o tempo que quisermos. Quem manda são as pernas. Enquanto conseguirmos andar, há sempre coisas para ver. Os pequenos bosques e lagos espalhados pelo jardim são um encanto.

O Grand Triano situado no jardim, é um palácio construído a pedido do rei Luís XIV como um retiro longe das formalidades e etiqueta da corte. Este consegue-se visitar bem sem grandes confusões. Dentro do palácio tem também um pequeno jardim bem arranjado e muito agradável. Fomos também ao Petit Triano que é um pequeno château construído sobre as ordens de Luís X e que foi utilizado como os aposentos da Maria Antonieta. Aqui podemos ver os salões por onde ela andava e o tipo de vida que levava na corte. Apesar de muito mais pequeno que o anterior, não deixa de merecer uma visita. Aqui perto fica também um teatro, um lago com uma enorme rocha e o templo do amor. Tudo isto acaba por ser uma viagem ao passado e de certa forma uma aprendizagem da história da época. Apesar da experiência menos boa da visita ao palácio, Versalhes vale pelo todo e é sem duvida uma visita interessante, particularmente para quem aprecia história.

Terminada a visita a Versailles partimos novamente de comboio até Poissy, uma pequena vila nos arredores de Paris. Queremos ir visitar uma casa famosa que aí existe, a Villa Savoye do famoso arquiteto suíço Le Corbusier. O tempo não corre a nosso favor e quando chegamos a casa esta praticamente na hora de fechar ao público. Explico amavelmente à senhora que está à porta, que venho de Portugal especialmente com duas artistas para visitarem Paris e que este era um dos sítios que elas mais queriam ver. Elas fazem uma cara de tristeza tal que a senhora se comove e nos deixa entrar. Mas diz-nos que temos de ser muito rápidos que ela vai só fechar a caixa e tem de ir embora. Pegamos em nós e vimos a casa a correr. A Marisa e a Lucy deslumbram-se por cada divisão que passam e apreciam as várias peças de design tanto quanto podem. Para mim é uma casa gira e a Nikky também acha piada, mas para elas é o ratificar do que já conheciam dos livros de arquitetura e de design. Valeu a pena a visita, ainda que tenha sido a correr.

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