Capitais Polacas – O sal de Wieliczka

Agosto, 2017 |

Dia 3 – Mina de sal Wieliczka

No último dia em Cracóvia vamos visitar as minas de sal de Wieliczka, uma pequena vila a cerca de 15 minutos de comboio de Cracóvia. A mina é composta por 300 km de túneis, dos quais apenas 3 km estão abertos aos visitantes. Mesmo assim é uma coisa imensa. E como estamos na maré dos três, para iniciarmos a visita temos de descer cerca de 300 degraus até ao nível 54 abaixo do solo. Passamos por várias galerias escavadas na rocha de sal. Podemos inclusivamente experimentar o sal pelas paredes dos túneis que passamos.

Chegamos à grande capela que contem várias esculturas de sal. Entre elas contam-se a última ceia e uma estátua de João Paulo II. O sumo pontífice visitou a mina por duas vezes, mas só durante a juventude. Como papa nunca aqui veio, talvez os afazeres do Vaticano já sejam condimentados o suficiente.

Na grande capela tudo é feito de sal, com exceção dos bancos de madeira para os turistas se sentarem. Até os enormes candeeiros que caem do teto são feitos com cristais de sal. Esta capela tem serviço de missa todos os domingos e é comum realizarem-se concertos e outros eventos.

As galerias e os corredores de ligação na mina são sustentados por grandes troncos de madeira. Esta em contato com o sal fica dura, tão dura como a pedra e dura para sempre. Os corredores têm uma porta em cada extremidade e só podemos abrir uma de cada vez para manter o fluxo de ar. Caso se mantenham ambas as portas abertas, as condições no interior da mina podem alterar-se de forma significativa e causar alguns danos. À medida que vamos avançando passamos por várias estátuas de sal de algumas personalidades famosas.

Durante o passeio descemos ainda mais três níveis e tudo isto para percorrermos apenas 1% de toda a extensão de corredores e galerias. Passamos por muitos corredores fechados ao público. A mina começou a exploração no séc. XIII para produzir sal de mesa e continuou em operação até 2007, tornando-a em uma das minas de sal mais antigas do mundo em operação.

No final da visita somos levados por mais uns quantos corredores até chegarmos ao elevador que nos leva agora muito rapidamente até à superfície. Antigamente os trabalhadores da mina tinham de descer e subir não 300 mas 800 degraus todos os dias. Quando vinham convidados ilustres estes eram descidos em cabos especiais, ou seja tinham direito a um rappel para o fundo da terra.

Regressamos a Cracóvia à pressa, pois temos de apanhar o comboio para Varsóvia. Ainda temos tempo para comprar alguns mantimentos para a viagem de 4:30 horas até à capital.

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