Visita à terra dos Czares
Dia 2 – Peterhof
Saímos do hotel na manhã quente de agosto e apanhamos o metro até à estação Avtovo, onde apanhamos o autocarro 200 até Peterhof. O autocarro vai cheio e o calor no interior é imenso. Grande parte dos passageiros são turistas como nós que optaram por apanhar este autocarro urbano até à localidade de Nova Peterhof, nos subúrbios de São Petersburgo. A viagem de 30 Km leva cerca de uma hora com todas as paragens a que temos direito pelo caminho. Saímos da cidade e passamos por vários subúrbios até finalmente chegarmos ao destino.
O palácio Peterhof consiste num conjunto de palácios e jardins comissionados pelo imperador Pedro, o Grande, numa resposta a Luís XIV de França. Depois do último ter encomendado o palácio de Versalhes, o monarca russo não se deixou ficar atrás e mandou construir este complexo que é hoje classificado pela UNESCO como património da humanidade. Fica localizado nas margens do mar Báltico, mais propriamente no golfo da Finlândia, muito próximo de São Petersburgo. Foi assim que esta pequena localidade se tornou na residência de verão do imperador Pedro I, como que uma “pequena cabana à beira mar”.
À chegada ao local, compramos os bilhetes para a visita numas máquinas de venda automática para evitar as filas de visitantes. Há vários tipos de bilhetes com muita coisa para visitar. Consegue-se facilmente passar um dia inteiro aqui a visitar tudo a um bom ritmo.
Antes de entrarmos no complexo passamos pelos jardins de cima com as suas cinco fontes, onde está a grande fonte de Neptuno. O grande palácio fica logo à entrada e pelo que lemos não é nada de impressionante lá dentro. Optamos por não entrar porque se não perdemos o resto do dia só ai. Há muita gente na fila e a visita leva algum tempo. Preferimos dedicar o dia a visitar o complexo no geral.
Chegamos à escadaria da grande cascata de onde se tem uma vista panorâmica da majestade do exterior do palácio. Descemos para os jardins de baixo, ao estilo Versailles. Ai encontramos também várias fontes, entre as quais a fonte do Tritão, ou a fonte de Adão, e mutas cascatas. Estas servem de pano de fundo para muitas fotografias artísticas. Há também muitos lagos e jardins. Mas no fundo tudo isto é um imenso jardim, extremamente bem cuidado.
Na extremidade ocidental do jardim encontramos o palácio de Marly junto a um lago que está quase seco. Depois aproveitamos o facto de estarmos ali tão perto e fomos molhar os pés no mar Báltico. A água está morna e podemos andar bastante mar adentro que continuamos com a água pelos pés.
Passamos no pavilhão “Hermitage” que fica numa pequena ilha e a seguir fomos até ao museu da marinha imperial, que tem em exibição algumas maquetes de barcos do antigo império, bem como louças e algum mobiliário usado nesses barcos.
O museu da marinha fica perto ao cais de embarque, onde se apanham os barcos rápidos para São Petersburgo. Esta é outra opção para visitar Peterhof. A viagem é mais rápida (cerca de 30 minutos) mas em contrapartida é muito mais cara do que a opção do autocarro.
No lado oriental dos jardins está o complexo dos banhos e o edifício Monplezir junto ao mar. Aqui encontramos um grupo de crianças a brincar numa fonte, que ao que parece está ali para o efeito. É a única fonte onde é possível refrescar-se.
De volta ao passeio pelos jardins encontramos a fonte do sol, a fonte da pirâmide e mais à frente o labirinto. É uma secção de sebes numa encruzilhada que desemboca numa outra fonte.
Apesar do grande número de visitantes, os jardins permitem fazer um passeio agradável, pois como a área é muito grande, consegue-se sempre encontrar locais tranquilos longe da azafama dos visitantes.
Claro que há sempre pontos de aglomerados, como as fontes romanas, por exemplo. Parece que todos os caminhos do jardim vão dar ali.
Uma das fontes mais bonitas do palácio, quanto a mim, é a fonte do xadrez e a sua correspondente cascata. Toda a escadaria da cascata parece um tabuleiro de xadrez. Pode subir-se numas escadas paralelas para apreciar os vários níveis do tabuleiro até à fonte no topo.
Passamos no restaurante “Great Orangery” junto à fonte do tritão e depois paramos nas fontes das tijelas. É um conjunto de fontes que faz lembrar umas tijelas de sopa.
Voltamos à escadaria da grande cascata, onde começamos a visita. As várias estátuas douradas ao longo das escadas parece que estão a observar tudo o que se passa ali à volta, quais guardiões do imenso jardim do palácio Peterhof.
Depois de uma manhã/tarde bem passada, estamos exaustos. Agora é hora de regressar a São Petersburgo de autocarro e descansar para o próximo dia que também vai ser exigente.