Agosto 2022
Dia 7
Deixamos Egilsstaðir e continuamos a nossa viagem pela Ring Road (N1) agora para norte. Pelo caminho fazemos um desvio para ir visitar o desfiladeiro de Stuðlagil. Saímos da estrada principal e entramos numa estrada de gravilha durante cerca de 20 Km. Para além das pedras que vão saltando à passagem de outros carros, temos ainda de ter cuidado com as ovelhas que teimam em vir descansar para o meio da estrada. Seguimos até ao miradouro junto ao parque de campismo de Stuðlagil, que fica no lado poente do desfiladeiro. Lá em baixo as águas verde-esmeralda chamam por nós, mas deste lado o mais próximo que conseguimos chegar é num miradouro em ferro montado na parede rochosa. O chão em rede permite-nos ver o fundo do desfiladeiro. Para descermos mesmo até ao rio, temos de ir pela outra margem.
Regressamos um pouco atrás na estrada de gravilha até à passagem da ponte de ferro construída em 1908. A ponte antiga está fechada ao transito e agora a passagem faz-se por uma nova ponte mais larga. Já do lado nascente, seguimos por um caminho esburacado até um parque de estacionamento. A partir dai fazemos o percurso a pé até à parte mais baixa do desfiladeiro, exatamente do lado oposto de onde estivemos antes no miradouro. Aqui consegue-se descer pelas rochas até ao curso do rio. É preciso ter alguma cautela para não escorregar. Aqui vemos as colunas basálticas em primeiro plano e podemos mesmo tocar nelas, assim como na água corrente verde-esmeralda. Há até quem se aventure a tomar um banho, mas com esta corrente não é para arriscar. Lançamos o drone e faz-se umas filmagens pelo desfiladeiro, que é como se estivéssemos nós a seguir o curso da água.
De volta á Ring Road (N1) continuamos para norte. A ideia inicial era visitarmos também a cascata Dettifoss, mas para isso temos de fazer um novo desvio. Como já não temos muito tempo, deixamos essa para trás. A próxima paragem é a passagem Námaskarð, uma área geotérmica na montanha Námafjall, perto do Lago Mývatn. Está conectada ao vulcão Krafla, e abriga muitas fontes termais e fumarolas. Despois de estacionarmos no parque junto às fumarolas, seguimos pelo caminho do Hverir, pelo meio do fumo de enxofre. O cheiro é tremendo e não podemos ficar muito tempo, para não corremos o risco de ficar enjoados.
Mais à frente encontramos um trilho que sobe pelo monte. Á medida que vamos subindo, o trilho vai ficando cada vez mais estreito e desnivelado. Chegamos a um ponto que já se torna muito difícil subir e onde outros turistas já se encontram em dificuldade. Decidimos voltar para trás, mas eu ainda arrisco a subir mais um pouco para ver se o trilho melhora. Não melhora e fica cada vez mais escorregadio, mas ainda assim insisto e consigo chegar ao topo do monte Námafjall. Cá em cima o trilho ingreme dá lugar a um caminho mais largo que junta vários cumes da pequena montanha e várias fumarolas espalhadas no topo. Faço uma visita rápida e junto-me ao grupo que ainda está a tentar descer. Em algumas partes tenho de descer sentado tal é a inclinação. No final a descida correu bem, apesar de alguns percalços.
A seguir vamos visitar o vulcão Krafla, logo ali ao lado. Na estrada para o Krafla passamos por uma grande central elétrica geotermal, que está diretamente conectada a este vulcão. Este vulcão é um dos mais explosivos do país, tendo explodido aproximadamente 29 vezes desde que o país foi colonizado. Atualmente não está em atividade, mas toda esta zona tem bastante energia geotermal no subsolo. A cratera do Krafla é atualmente a sua principal atração. Com um diâmetro de 10 km, a cratera está situada ao longo de uma zona de fissura de 90 km de comprimento no Norte de Mývatn. Um percurso devidamente delimitado numa seção da cratera, oferece umas vistas fabulosas.
Já ao cair da noite passamos pela pequena povoação de Reykjahlíð, junto ao lago Mývatn. Atestamos as carrinhas e seguimos ainda mais para norte. Por agora vamos deixar a Ring Road (N1) e seguimos pela estrada N87 até Húsavík, onde vamos pernoitar. As planícies do norte da Islândia parecem-se com os cenários de Star Wars. A estrada à chegada a Húsavík vai serpenteando, ora a subir, ora a descer, com um nevoeiro que lhe dá um ar sinistro. Chegamos já noite dentro ao parque de campismo.
Índice:
- 1 – Reiquejavique
- 2 – The Golden Circle
- 3 – Parque Nacional Skaftafell
- 4 – Parque Nacional do Glaciar VatnajökullIceland
- 5 – Seyðisfjörður
- 6 – Desfiladeiro Stuðlagil e Lago Mývatn
- 7 – Húsavík e Akureyri
- 8 – Siglufjörður
- 9 – Vulcão Fagradalsfjall e Lagoa Azul
- 10 – Península de Snaefellsnes
- 11 – Regresso a Reiquejavique