Iceland Road Trip – Seyðisfjörður

Agosto 2022

Dia 6

O parque de campismo de Djúpivogur fica no topo de uma pequena colina, de onde podemos avistar a pequena aldeia e o porto. Praticamente todas as aldeias costeiras aqui na Islândia tem um porto, mesmo que seja pequeno. É a forma mais eficiente de fazer chegar os produtos, já que as estradas são pouco convidativas para transportes de longo curso. A aldeia em si não tem muito que ver. Fazemos uma passagem breve de carro pelas ruas, passamos pelo aeroporto (sim também tem um pequeno aeroporto) e regressamos à ring road (N1) em direção ao nordeste da ilha.

Enquanto descemos para Seyðisfjörður, passamos na cascata Gufu, mesmo à beira da estrada.  Na descida passamos por um grande lago, formado artificialmente por uma barragem com um desnível acentuado. Seyðisfjörður é uma cidade num pequeno fjord no leste da Islândia. Ficou famosa pela rua pitoresca que dá para a igreja e pelo belo lago que serve de centro natural da povoação. Na rua colorida que leva à igreja encontram-se os principais restaurantes e lojas da cidade.

Os edifícios são também eles coloridos, em pinturas com motivos distintos. Damos um salto às “lojinhas”, depois passamos pela igreja que está fechada e a seguir fazemos um passeio à volta do lago a pé pelas ruas da cidade. Estamos com sorte porque o tempo está bom, com direito a sol e tudo. Na cidade encontramos vários exemplares da arquitetura tradicional islandesa de várias cores e algumas das casas estão identificadas como sendo de interesse histórico. Entretanto começam a cair alguns aguaceiros ligeiros, o suficiente para acelerar o passo até aos carros. Aqui o “sol é mesmo de pouca dura”! Abastecemos mais umas compras no supermercado e seguimos viagem.

Voltamos a subir a montanha até Egilsstaðir (havemos de lá voltar) e percorremos a estrada na margem sul do lago Lagarfljót. Depois de passarmos a ponte para a outra margem, chegamos ao parque de estacionamento de Hengifoss. Esta cascata é a terceira mais alta da Islândia, com 128 metros. É composta por estratos basálticos com finas camadas vermelhas de argila entre as camadas basálticas, o que lhe dá o tom avermelhado tão característico. Para lá chegarmos, porém, é necessário primeiro subir vários lances de escada. Passamos por vários portões que devemos manter fechados para as ovelhas não fugirem. Pelo caminho passamos por outra cascata, a Litlanesfoss. Apesar de menos imponente, não deixa de ter umas boas vistas.

Depois de várias escadas e alguns portões, chegamos a planalto que temos de percorrer num trilho marcado até chegar à majestosa Hengifoss. O caminho leva-nos por um passadiço de madeira com algumas partes levantadas devido à caída de rochas da montanha. Numa das secções, vemos inclusivamente uma enorme rocha em cima do passadiço todo torcido. É um aviso para eventuais derrocadas que podem acontecer. O passadiço termina num miradouro para a cascata. A zona da queda de água ainda fica a uma distância de alguns metros, mas o acesso tem de ser feito por cima das rochas e ainda leva algum tempo. De qualquer forma, as melhores vistas são as mais afastadas e como já “tomamos muitos banhos” noutras cascatas, decidimos ficar por aqui apreciar a vista.

O regresso da cascata, apesar de ser a descer, não deixa de ser cansativo, especialmente na parte das escadarias. Por isso quando chegamos aos carros, decidimos ir para o parque de campismo para descansar. Primeiro paramos no parque de campismo de Fellabær, mas não nos agrada e seguimos para Egilsstaðir, do outro lado do lago. Egilsstaðir é a maior cidade do leste da Islândia e uma base importante para quem quer explorar a região. Tem um aeroporto com voos regulares de Reiquejavique e uma oferta turística vasta. O parque de campismo é também o centro de informação turística onde se podem comprar vários tours para conhecer a região, tais como passeios na natureza, banhos termais, auroras boreais, entre outros. O parque de campismo fica numa zona urbana, mas tem boas condições e por isso decidimos passar aqui a noite.

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