Cuba – A chegada …

Outubro, novembro 2022

Dia 1

O Airbus A350-900 da companhia ibérica World2Fly chegou pontualmente a Havana às 18:30 conforme programado. A aeronave é um dos modelos mais recentes do construtor Airbus e os motores são bastante mais silenciosos que os modelos mais comuns do mesmo fabricante. A bordo lemos a informação de que ajuda a aliviar o jetleg dos passageiros entre outros benefícios em viagens de longo curso. Segundo o fabricante, este avião proporciona um melhor ambiente de cabine. Nós viemos na véspera de Faro para Madrid num voo de cerca de 1 hora e dormimos em Madrid perto do aeroporto para minimizar o cansaço. O voo de Madrid a Havana tem uma duração de 9 horas e 35 minutos, por isso todos os benefícios do novo Airbus A350-900 são bem vindos.

À chegada a Havana passamos por todos os procedimentos alfandegários sem qualquer problema. Primeiro apresentamos o formulário de viajante que já tínhamos preenchido online e depois o passaporte com as “tarjetas de viajante”, uma espécie de visto. Era suposto ficarem-nos com uma parte destacável, mas não retiraram nada. Fizemos um seguro de saúde em viagem que dizem que é obrigatório aqui em Cuba, mas também ninguém nos pediu nada. De qualquer forma é sempre aconselhável vir preparado, pois nunca se sabe quando acontecem os acidentes ou também se as autoridades nos questionam pelo seguro.

Na saída do terminal vejo o meu nome numa folha de papel, conforme combinado com o alojamento em Havana. Seguimos de táxi do aeroporto para o centro da cidade, na verdade para a parte velha de Havana, que é onde vamos ficar. Havana está dividida em várias zonas (bairros): La Habana vieja, Vedado, Miramar, Central La Habana …

Em Havana, e em Cuba na generalidade, há dois tipos de alojamento que os visitantes podem escolher: hotéis e casas particulares. Os hotéis normalmente são de gama superior (em termos de preço, não necessariamente em qualidade) e muitos deles oferecem estadias com tudo incluído. Pertencem geralmente a grandes cadeias internacionais (Melia, Iberostar, …) que mantêm boas relações com o estado cubano. As casas particulares, como o próprio nome indica, são o equivalente em Portugal ao conceito de alojamento local. Aqui é o próprio estado que incentiva este negócio, porque por um lado a maioria das “casas particulares” não são na verdade dos proprietários, mas do próprio estado, e por outro lado, o estado que arrecada uma grande fatia deste negócio. Tudo é devidamente registado. Quando fiz a pesquisa por alojamento em Havana, foi mais fácil encontrar casas particulares do que hotéis. Os sites onde costumo procurar hotéis nem sequer mostram resultados de hotéis, apenas casas particulares ou hostels (que é na verdade a mesma coisa). Para encontrar hotéis ou vamos a agências de viagens ou diretamente aos sites das grandes cadeias. Assim para Havana acabei por optar pelo Airbnb que disponibiliza uma vasta oferta de casas particulares a preços muito interessantes. Sendo o Airbnb uma empresa sediada nos EUA, não deixa de ser curioso, que seja um dos grandes promotores do turismo particular em Cuba.

Depois de alguma pesquisa, optamos por ficar na Plaza Vieja, bem no centro da antiga La Habana, ou seja na parte (mais) histórica da cidade. Havana é na verdade toda ela um museu a céu aberto, onde a história parou no tempo. Nesta área estamos “ainda” no período colonial da história de Cuba. A Plaza Vieja é uma praça animada rodeada de belos edifícios coloniais e com vários cafés e restaurantes nas imediações. A casa particular que reservamos fica mesmo por cima do café Escorial, um dos clássicos da velha Havana. O táxi deixou-nos numa rua ali próxima, onde está o senhor Alfonso à nossa espera para nos levar até à casa. Fica no segundo piso do edifício Escorial e é composta por uma kitchenette no piso inferior e um quarto com casa banho e um roupeiro no piso superior. Está impecavelmente limpa e com uma decoração simples e agradável. Esta vai ser a nossa casa emprestada durante os dias que vamos passar na cidade.

Depois de nos instalarmos, descemos à praça para irmos dar uma volta ali por perto. Já caiu a noite (o sol põe-se por volta das 18:30) e estamos cansados da viagem. Não temos muita fome e por isso acabamos por comer um gelado numa gelataria na rua “Teniente Rey” e vamos descansar.

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  1. Pingback: Cuba – La Habana – Hugo Martires' Scriptorium

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