Dia 4 – Erfoud, Rissani, Merzouga
Começamos a descer para Rissani, atravessando o palmeiral do Tafilalt. Na chegada a Rissani visitamos uma das portas da cidade, uma estrutura imponente que dá as boas vidas aos forasteiros que aqui chegam. Aqui, na porta, tentamos encontrar uma geocache, mas sem sucesso. Enquanto procurávamos alguns miúdos na rua obervavam-nos com atenção (smugglers). O mais certo é já a terem encontrado primeiro.
Seguimos pela rota turística de Rissani, um trajeto de 21 Km que passa por várias povoações alojadas nos Ksars, alguns em ruinas e também pela antiga cidade de Sijilmassa, outrora um dos centros de comércio mais importantes do Sahara e que no presente não passa de umas ruinas quase invisíveis. Paramos num dos Ksars habitado para uma visita. À chegada fomos logo recebidos por um grupo de crianças que nos guiaram pelos caminhos labirínticos dentro do Ksar. Os poucos habitantes locais faziam a sua vida normal enquanto passávamos, alguns tratavam dos animais, outros faziam obras nas casas, … Depois da visita continuamos o percurso turístico passando por várias outras Ksars e tirando várias fotografias. Só voltamos a parar na Ksar Oulad Abdelhalim uma das mais imponentes do circuito que estava em restauração no interior. Foi inicialmente construída em 1900 para o irmão mais velho do sultão Moulay Hassan e continua na família. O dono atual vive na Ksar, com o qual estivemos a conversar. É o herdeiro desta magnifica estrutura e mantém um pequeno museu onde mostra a história da Ksar. Pretende renovar a Ksar para a transformar num hotel e está a angariar dinheiro para a obra. No exterior está praticamente concluída. Falta ainda algum trabalho no interior da Ksar. Foi uma experiência muito interessante pois tivemos oportunidade de ver a história na primeira pessoa. A última paragem do percurso foi no Mausoleum Moulay Ali Cherif, o fundador da dinastia Alawite.Depois de completado o circuito turístico, seguimos para Merzouga começando a avistar o Erg Chebbi ao longe. Os tons alaranjados das dunas contrastam com o castanho árido da planície do deserto. Chegamos a Merzouga e a estrada de alcatrão termina. A partir daqui é só estradão de terra. Cada condutor escolhe a sua estrada, conforme lhe dá mais jeito e os acessos às dunas são apenas mais uma estrada.


