Uma espreitadela à Birmânia – Bagan e Mandalay

Prelúdio
A viagem de autocarro passou-se bem apesar de um pequeno contratempo antes de arrancarmos. Um casal de australianos que estavam sentados atrás de nós e com quem metemos conversa tiveram um pequeno acidente. Enquanto estávamos à conversa com a rapariga já no interior do autocarro, o rapaz veio cá fora para ir buscar qualquer coisa à mala. Como estava escuro e o local era pouco iluminado mandou uma valente cabeçada numa das portas do porão. Entretanto ele voltou a entrar no autocarro mas atras dele vinha a hospedeira e mais um rapaz apavorados e a pedirem para o rapaz se sentar! Ele dizia que estava tudo bem. Ao princípio nem nós nem a rapariga que estava com ele percebemos o que se estava a passar e achamos aquilo tudo muito estranho. Mas isso durou apenas alguns segundos porque depois vimos a cabeça do rapaz a jorrar sangue. Ele nem tinha dado conta do estado em que estava. E eis que a hospedeira entra em ação. Uma jovem de não mais que 20 anos, se bem que na ásia é difícil perceber a idade das pessoas pelo aspeto físico. Muitas parecem umas meninas mas já andam cá à alguns anitos. Enfim, voltemos à moça (chamemos assim). Um modelo de eficiência e competência como há poucos. No meio da “tragédia“ rapidamente sacou do kit de primeiros socorros e com a ajuda do outro rapaz trataram de estancar a ferida. Não foi o melhor penso que já vi e o australiano não ficou nada vistoso depois de lhe terem aplicado a gaze à volta da cabeça, mas pelo menos a ferida estancou e ficamos todos mais descansados e lá começamos a viagem.
Esta não seria no entanto a única intervenção digna de registo da moça. Assim que o autocarro iniciou a marcha ela começou a labuta. Primeiro distribuiu uns toalhetes e uns snacks por todos os passageiros. A seguir fez um levantamento do que queríamos tomar. Depois foi preparar as bebidas e distribuiu de acordo com as preferências dos passageiros. Até aqui tudo bem, pois é isto que se espera de uma hospedeira. No entanto não ficou por aqui. O staff do autocarro é composto para além da hospedeira por dois motoristas, mas quem manda na equipa é a moça! É ela que informa o motorista de folga que é hora de dormir. Prepara-lhe o assento na última fila do autocarro e uma manta e toca a dormir que a viagem vai ser longa. É ela também que dá as indicações de quando é preciso parar e isto só para referir alguns episódios que assisti, porque felizmente durante grande parte da viagem estive a dormir. Bem pelo meio ainda vi o último filme do Indiana Jones de 2008. Mais ao menos a meio da viagem paramos durante algum tempo numa área de serviço. Estava a chover bem. Á porta do autocarro estava a moça com um chapéu-de-chuva para nos levar para um dos restaurantes. Disse-nos que tínhamos 30 minutos para esticar as pernas e comermos alguma coisa se quiséssemos que depois ela vinha buscar-nos novamente. Enquanto esperamos no restaurante ele era autocarros a chegar e largar passageiros à porta do restaurante e outros a sair e todos cheios. Nunca na minha vida vi uma área de serviço com tanto movimento de autocarros e ainda para mais a meio da noite. No meio de toda esta confusão perdemos o norte ao nosso autocarro. Mas há hora marcada conforme fomos informados lá apareceu a moça com o chapéu-de-chuva para nos levar de volta. E seguimos viagem. Com ela não falha nada! A competência em pessoa.
 
Bagan e os 2270 templos
Por volta das 6:00 am chegamos à estação de autocarros de Bagan. Ao contrário do Camboja, em Mianmar todas as principais cidades tem uma estação de autocarros. Antes mesmo de saírem do autocarro vários taxistas “atiram-se” aos turistas que nem abutres para os levarem para a cidade. Ainda estamos meio ensonados e com alguma paciência lá saímos do autocarro ignorando os taxistas. Antes de seguirmos para a cidade vamos comprar os bilhetes para Mandalay, o nosso próximo destino. Geralmente é mais barato comprar os bilhetes diretamente na companhia do que através das agências na cidade. É o que fazemos e dizem-nos que o bilhete inclui pick-up do hotel em Bagan e drop-off no hotel em Mandalay. Impecável. Assim vale a pena!
 
Depois dos bilhetes comprados saímos da estação de autocarro com os taxistas a continuarem a tentarem convencer-nos para nos levarem. Uma coisa que rapidamente aprendemos no sudeste asiático é que quando é preciso transporte para qualquer lado devemos evitar sempre os grandes hubs se queremos poupar algum dinheiro. Tem sido assim em todo o lado. Então assim que saímos da estação de autocarros um taxista aborda-nos com um valor bem mais baixo do que o que é praticado lá dentro. Ainda conseguimos baixar mais um pouco com alguma arte de regateio. Afinal somos três passageiros o que nos dá alguma margem de negociação. Seguimos de táxi para o hotel com uma paragem pelo caminho numa pequena barraca para pagar-mos a taxa de entrada em Bagan. Todos os estrangeiros tem de pagar uma taxa no valor de 20$ que tem a duração de uma semana. Bagan é um dos principais destinos turísticos do Mianmar por causa dos mais de 2000 templos que se espalham pelas planícies da cidade. Como não é viável nem prático colocar bilheteiras em todos os templos, optaram por cobrar esta taxa de admissão à cidade.
 
No hotel ainda é cedo para fazer o check-in mas deixam-nos usar um quarto para tomar um banho antes de sairmos. Há várias maneiras de visitar Bagan: a pé, de bicicleta, de moto elétrica, de charrete, de táxi ou até de balão de ar quente. Começamos a pé, não que estejamos a planear usar todas as outras formas (balão de ar quente até que soa muito bem). O nosso hotel fica situado entre “Old Bagan” e Nyaung-U junto à vila Wetkyi. A singularidade de Bagan é a sua pluralidade de templos! A maior parte dos templos estão concentrados perto de “Old Bagan” mas aqui há sempre um templo ao virar da esquina. Começamos por visitar alguns tempos perto da vila de Wetkyi longe dos templos mais concorridos. No primeiro templo que entramos um jovem simpático veio falar connosco e mostrar-nos os cantos à casa. Diz que o templo foi erigido pelos seus antepassados e a família agora toma conta dele. Para ganhar algum dinheiro ele vende pinturas no templo. Mostra-nos várias telas alusivas à região e à cultura. A Rithya acaba por comprar uma tela grande pintada com tinta de areia, bem bonita por sinal.

Voltamos à estrada principal. Fazemos sinal a uma pequena carrinha de caixa aberta que passa. Dizemos que queremos ir para “Old Bagan”. Passado pouco tempo chegamos ao destino. Aqui só existe uma estrada pavimentada. Assim que saímos da estrada é só terra e pó por todo o lado. Os restaurantes em madeira e os cavalos com as carroças fazem lembrar o antigo Oeste Americano. Até temos os cowboys, mas estes aqui usam saias ou como eles dizem Longyi. Tomamos um pequeno almoço reforçado num dos restaurantes no centro que anuncia à entrada “100% pratos vegetarianos”. A Marisa comeu umas panquecas com manga, eu comi um caril de vegetais delicioso e a Rithya comeu arroz frito com vegetais, a ela não lhe pode faltar o arroz. Toda a comida estava muito boa!
 
Umas das maneiras tradicionais de visitar Bagan é de charrete. Dizem que quem vem a Bagan e não faz um passeio de charrete não chega a desfrutar da cidade na sua plenitude. Depois da refeição fomos negociar o passeio. Ainda é de manhã e queremos uma charrete para o dia todo para nos levar aos templos. Estamos na época baixa e há muitas paradas à espera de turistas. Os preços variam conforme o que as pessoas estiverem dispostas a pagar. Lemos que um preço justo são 15$ para o dia apesar de normalmente pedirem à primeira quase o dobro. Conseguimos quem nos leve por 16$. É a charrete nº144. Aqui todas as charretes estão registadas. Não há cá negócios à socapa. 


O charreteiro mastiga o tal tabaco de Mianmar e tem os dentes todos pretos com a pasta quando sorri para nós. Pergunta-nos qual no nosso plano para o dia. Mostramos o mapa que temos com os principais templos e qual a sua sugestão. Traçamos então uma rota pelos templos deixando um em particular para o final do dia, para vermos o por do sol. Ele no fundo é um guia turístico e diz-nos que existem 2270 templos em Bagan. Fico admirado com a precisão mas não sei até que ponto o número corresponde à realidade pois já li referências a outros números. Mas de qualquer das formas, talvez não tenhamos tempo de os visitar todos…
Seguimos ao ritmo da égua que vai fazendo as suas necessidades pelo caminho. Eu como vou sentado ao lado do dono, assisto ao espetáculo na primeira fila. As senhoras vão refasteladas na parte acolchoada nas traseiras. Quando chegamos aos templos, o nosso guia faz uma pequena introdução histórica antes de entrarmos. É impressionante o detalhe com que nos informa para digamos … um charreteiro. Vamos passeando e conversando pela terra empoeirada de Bagan, parando aqui e ali em mais um templo. Este relato não deixa um registo detalhado dos templos visitados mas esse facto é intencional. Em primeiro lugar seria um exercício de memória exaustivo para o qual teria de investir muitas horas prévias de treino, uma vez que os templos são muito parecidos, quer no exterior, quer no interior. Por vezes damos por nós a perguntar se já não estivemos ali. Segundo porque por mais detalhada que fosse a descrição, a mesma nunca conseguiria transmitir a experiência. Não se trata apenas dos templos em si, mas de toda a paisagem envolvente e do próprio passeio.
 
Á hora do almoço paramos na vila Taungbi onde o nosso guia mora. É uma vila composta maioritariamente por casas tradicionais. A casa dele é uma pequena estrutura de bambu com o telhado de folhagem de palmeira. O terreno dele está demarcado por uma frágil estrutura em madeira.  Cá fora num estábulo ao ar livre a sua outra égua vai remoendo umas sementes. Enquanto ele almoça vamos visitar a vila e o seu edifício mais emblemático, o mosteiro. Segundo as suas informações este é o mosteiro contruído em madeira teca mais antigo de Bagan. Tem 250 anos. 

No interior do mosteiro está um grupo de senhoras sentadas no chão a almoçar. Todas elas têm a face pintada de amarelo, como aliás muita gente que encontramos pelo caminho, sejam mulheres ou homens. O pó de thanaka é um pigmento natural extraído da árvore de thanaka que em Mianmar é símbolo de beleza. Até mesmo em Yangon se veem pessoas pintadas de amarelo. Para além de cosmético serve também como protetor solar, para além de outros benefícios que tem para a pele. As senhoras que me acompanham, uma Portuguesa e a outra Khmer, têm andado muito curiosas com este produto de beleza. Recorrendo à linguagem gestual pedem a uma das senhoras no templo se lhes faz uma pintura ao que ela cede amavelmente. Sentam-se enquanto a senhora lhes aplica a pasta no rosto com umas pinceladas suaves e delicadeza. No final vêem-se ao espelho e ficam ambas joviais. Mas mais do que elas as várias senhoras sentadas no mosteiro ficam radiantes ao ver estas estrangeiras pintadas. Até nos pedem para tirarmos uma fotografia junto com um pequenote, talvez filho de alguma delas, também ele pintado.

É uma alegria para esta gente ver estrangeiros por ali e ainda para mais quando se pintam como eles. Deixamos o templo e fomos até à beira rio e depois passamos pelo comércio local, umas barracas onde compramos umas amostras da madeira de thanaka para as senhoras poderem aplicar o cosmético o mais tarde em outras ocasiões.




Depois do almoço fomos visitar mais templos e fomos à vila Mynkaba onde existe uma loja onde costumam estar umas senhoras com anéis no pescoço da etnia Kayan. Os kayan habitam nas províncias na fronteira com a Tailândia. Na época alta algumas destas mulheres veem atá Bagan para posar para os turistas. Como estamos na época baixa a loja está fechada e por isso não nos cruzamos com as famosas “long neck women


O nosso guia leva-nos até uma loja onde fazem produtos em madeira laca. A laca é uma tradição nesta zona de Mianmar onde se podem encontrar verdadeiras obras de arte em madeira.  A loja é uma autentica exposição de arte em madeira, desde copos, pratos, tabuleiros e outras utilidades até enormes peças de decoração, vasos gigantes, biombos e diversas esculturas. No atelier anexo, uma senhora explica-nos todo o processo de criação e convida-nos a visitar o andar de cima onde várias pessoas trabalham em várias peças com grande detalhe. 

Aproveitamos que estamos na vila e visitamos mais dois templos, num deles encontramos uma grande estátua de Buda deitado e no outro o maior Buda sentado de Bagan.

 


No final do dia vamos até ao templo Shwesandaw, um dos melhores Spots para ver o por do sol. Bagan fica numa planície por isso qualquer lugar é propicio para ver o por do sol. O que torna este templo tão popular é o facto de se poder subir os vários níveis em forma de pirâmide até ao topo de onde ser ergue uma enorme stupa. 

Ao contrário de tantos outros, este templo só pode ser visto por fora. Á chegada ao templo finalmente um grupo de seguranças pedem para ver os nossos bilhetes, aqueles que pagamos à entrada da cidade. Até então nunca nos pediram os bilhetes talvez porque já faça parte do protocolo os taxistas pararem com os estrangeiros na barraca à entrada da cidade. Este é o templo onde encontramos mais turistas. Na realidade a quantidade de turistas que encontramos ao longo do dia foi bastante residual, mas parece que se juntaram todos aqui para ver o por do sol. Um monge no topo do templo faz as suas meditações com a planície como pano ed fundo enquanto um grupo de visitantes lhe presta devoção.


Enquanto esperamos no topo vamos observando a paisagem com vistas de 360º sobre toda a planície. O quadro que temos no horizonte é em tons de verde, salpicado por pinceladas em terracota aqui e ali. Enquanto apreciamos esta obra-prima resultado da sinergia da natureza com a mão humana, questionamo-nos o que terá levado esta gente a uma construção desenfreada de templos. Há templos de variadíssimos tamanhos, desde os mais pequenos que não tem mais do que dois metros quadrados, até aos enormes empreendimentos mais vistosos. Diz-se que tudo começou no séc. IX quando o rei Anawratha unificou o país na corrente budista theravada. Durante 250 anos os governadores de Bagan e os seus súbditos mais abastados construíram mais de 10 000 monumentos religiosos nas planícies de Bagan. Se hoje ao olhar para a paisagem ficamos admirados com tamanha beleza, imagine-se o que seria nesses tempos passados! No final, o por do sol até que nem foi nada de especial porque o céu estava enublado, mas a vista vale bem a visita.
 
Regressamos ao hotel de charrete, um luxo só possível para alguns aqui em Bagan. Acabamos por pagar mais do que o acordado ao charreteiro/guia, um gesto de apreço pela simpatia e competência do rapaz. Ele lá foi de volta a casa no final de um dia de trabalho a mascar a sua pasta. Apesar de já ser noite ainda houve tempo para um mergulho na piscina. A água estava morna daquele tipo que só molha e não refresca nada, mas soube muito bem. Depois do banho fomos jantar no restaurante “Queen”, ao lado do nosso hotel que por sinal é o “Bagan Princess”. Eu comi o especial do chefe, uma galinha com vegetais num molho fragrante servida ainda ao lume, a Marisa comeu uma piza e a Rithya arroz com frango.
 
No segundo dia em Bagan começamos por visitar a vila de Wetkyi onde fica o hotel. Caminhamos pelas ruas empoeiradas cruzando-nos com os locais aqui e ali sempre sorridentes, à exceção de uns pequenos monges que encontramos pelo caminho que vão muito sérios de porta em porta buscar oferendas. As ruas são delimitadas pelas vedações de madeira ou cana de bambu que separam os terrenos das casas com os seus telhados ora em folha de zinco ora em folha de palmeira seca. Espalhados pela vila encontramos uns pequenos púcaros de água comunitários para saciar a sede dos habitantes. Estes continuam nos seus afazeres mas não deixam de posar para algumas fotos connosco. As vacas passam por nós como se nem existíssemos tão habituadas que estão a deambular por ali. 

Depois da visita à vila decidimos ir até Nyang U. Fomos a pé pela estrada parando aqui e ali nas lojas de artesanato, ateliers de laca e de sombrinhas tradicionais, entre outras… Combinamos ir andando e depois apanhar uma pick-up pelo caminho. A nossa amiga Rithya não é muito dada a andar. A dada altura já estávamos quase em Nyang U e pensamos que já não valia a pena ir de transportes. Acabamos por andar 3 Km desde o hotel até ao mercado Mani Sithu. A meio da caminhada a Rithya já se arrastava. Coitada, nunca ela andou tanto na vida! Mas como disse a caminhada não foi direta, fomos parando em vários sítios e é a andar é que se conhece os sítios. Uma dessas paragens foi no museu Shwe Pyi Nann Thanaka, onde tem uma exposição bastante informática sobre tudo o que há para saber da thanaka na cultura birmanesa. É um museu pequeno mas bastante interessante para quem queira conhecer melhor esta faceta cultural do país.

 


Finalmente chegados ao mercado, demos uma volta pelos barracas de comerciantes, passamos pelos produtos frescos onde vimos entre outros a preparação da pasta que os birmaneses tanto gostam de mastigar. Chama-se Kwun-ya ou paan em inglês e normalmente é composta de folha de pimenteira betel, noz de areca, lima (hidróxido de cálcio) e aroma. Pode também conter tabaco como opção. A pasta verde é preparada à mão no mercado e colocada em pequenos sacos plásticos em dozes individuais. Depois é só mascar … e cuspir. Diga-se de passagem que dá muito mais estilo do que fumar um cigarro.  Ainda houve tempo para comprar mais um longyi antes de deixarmos o mercado.

Almoçamos na cidade num restaurante que pertence a um hotel. Desta vez comi um Mianmar Set, um conjunto de várias iguarias locais que não consigo descrever, maioritariamente vegetais. A Marisa comeu frango servido num ananás com noodles e a Rithya adivinhe-se lá … arroz com frango. Por esta altura já se percebeu que ela é pouco dada a variedades no que diz respeito à comida.
No caminho de volta passamos pela Shwezigon Pagoda, mais uma pagoda dourada, paragem obrigatória de muitos locais que aqui veem prestar o seu culto. A entrada é um verdadeiro bazar com barracas a venderem todo o tipo de bugigangas. O recinto interior é bastante agradável e apesar de já termos visto tantos templos este vale a pena visitar. Depois da visita regressamos ao hotel também a pé. A Rithya já nem se queixa. Também temos uma viagem de seis horas até Mandaley para fazer por isso faz-nos bem esticar as pernas enquanto podemos. E assim despedimo-nos de Bagan e dos seus templos.
Mandalay real e religiosa
Na noite anterior chegamos ao hotel já tarde e vínhamos tão cansados que fomos logo dormir. Acordamos cedo para tomar o pequeno-almoço que é um verdadeiro banquete. Sem perdermos muito tempo saímos para ir ver o palácio real. Temos muito pouco tempo pois o autocarro para o aeroporto sai do centro da cidade às 9:00. É uma cortesia da AirAsia uma vez que o aeroporto fica a 40 Km da cidade. Seguimos pela rua 78 passando pela estacão de caminhos-de-ferro até chegarmos ao palácio. A primeira coisa que fizemos foi procurar o local onde se apanha o autocarro na rua 79. Não há paragem nenhuma nem qualquer sinalização. Sabemos que é naquela rua porque lemos online. Perguntamos num hotel onde nos dizem que é em frente a um determinado restaurante. Os locais quando nos veem com as mochilas confirmam. Pensamos ir visitar o palácio mas o tempo já é curto. O palácio é todo murado e ocupa uma área de quatro quilómetros quadrados delimitado por um canal com água com cerca de 70 m de largura. Existem quatro entradas para o palácio e por azar a entrada para os visitantes é umas das que fica mais longe. Acabamos por desistir da ideia e contentamo-nos com algumas fotografias do exterior e de uma ponte de uma das entradas.


Á hora marcada o autocarro está no local que nos indicaram. Levamos 45 minutos para chegar ao aeroporto internacional de Mandalay, num descampado no meio do nada. O aeroporto está às moscas quando chegamos mas só com o pessoal do nosso autocarro ficou praticamente cheio. Não há praticamente lojas e nada para fazer a não ser sentar e esperar. E nós esperamos. Daqui seguimos para Bangkok onde certamente há mais animaçã

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